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Conhecendo mais o Canapum | Alguém lembra dessas belezinhas?

Não sei vocês, mas eu cresci esperando o inverno chegar pra poder procurar Canapum na vegetação que crescia na minha rua, aquilo era como ouro...Fora a diversão que era estourar eles depois de inflada a folha que o envolve, hoje vamos conhecer um pouco mais sobre essa fruta presente na minha infância.


Physalis angulata é a espécie nativa no nordeste do Brasil. Originária da região Amazônica e dos Andes, a physalis possui variedades cultivadas na América, Europa e Ásia. Tem tudo para ser considerada exótica: nome, aparência e preço. Apesar disso, no Norte e Nordeste do país é comum nos quintais e é conhecida por nomes que não podiam ser mais brasileiros: canapum, joá-de-capote, saco-de-bode e mata-fome. Essa variedade nativa é a Physalis angulata, da grande família das solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas.




As frutas são delicadas, pequenas e redondas, com a parte comestível protegida por uma delicada folha seca em formato de balão, assemelhada ao papel de arroz. A coloração vai do amarelo ao verde, passando pelo vermelho.

Seu lado medicinal não deixa a desejar: é conhecida por purificar o sangue, fortalecer o unológico, aliviar dores de garganta e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado. A planta tem sido estudada também por fornecer um poderoso instrumento para controlar o sistema de defesa do organismo, diminuindo a rejeição em transplantes e atacando alergias. Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia identificaram substâncias com esse potencial na Physalis angulata e já solicitaram patente sobre o uso delas. Testadas por enquanto em camundongos, espera-se que as fisalinas (chamadas de B, F e G) tenham um efeito tão bom quanto o das substâncias usadas hoje para controlar o sistema imune, mas com menos efeitos colaterais, quando forem usadas em pacientes humanos.





No Brasil, a variedade nativa é a Physalis angulata 

No Japão, existe variedade de cor vermelha chamada hosuki. Lá, anualmente, acontece a Festa do Hosuki

As variedades capsicifolia, esquirolii, lanceifolia, linkiana e ramosissima encontram-se espalhadas pela América, Europa e Ásia 


Apesar de ser bastante rústica e exigir poucos cuidados, é imprescindível o controle de insetos a partir da floração 

Utilizando-se o tutoramento, como nos plantios de tomate ou pimentão, é possível obter uma produção maior em menos tempo 

A physalis também é utilizada como tira-gosto em degustações de vinho 

Na Austrália, a physalis rende uma conserva fina exportada para vários países 

Em Paris é servida em restaurantes elegantes, coberta com chocolate 

Estudos científicos recentes estão revelando que a planta apresenta forte atividade como estimulante imunológico e efeito antiviral contra os vírus da gripe e herpes. Contém alto teor de vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de flavonóides, alcalóides, fitoesteróides, alguns recém descobertos pela ciência 

A physalis é rica em carotenóides. Os carotenóides estão na lista dos compostos bioativos considerados funcionais, ou seja, aqueles capazes de prevenir doenças. São corantes naturais capazes de afastar males como cegueira noturna, catarata e até câncer