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Chavalzada entrevista o escritor moçambicano Ernesto Moamba.

O Blog Chavalzada tem a honra de apresentar a entrevista feita com o escritor Ernesto António Moamba (Ernesto Moamba), conhecido também como "Filho da África", nascido em Moçambique - Cidade de Maputo. O diálogo se deu pelas redes sociais e por e-mail. Confira!

Chavalzada - Primeiramente, me fale um pouco sobre você. Quem é Ernesto Moamba?

Ernesto Moamba - um jovem escritor e Poeta moçambicano, consigo transmitir em palavras minhas emoções mais íntimas. Prova disso está no meu livro “Liberta-te, mãe África”, lançado em 2016 no Brasil pela Editora do Carmo. A obra é composta por poemas e cada um deles transmite uma emoção diferente, seja por um grito de dor ou de lamento, seja por um grito de socorro, ou seja por um grito de esperança. 

Nasci no dia 04 de agosto de 1994, em Moçambique, África. Um rapaz jovem e com uma escrita forte; sou formado em Contabilidade Geral Básica e Financeira, e Educação Financeira, embora sempre escrevo no meio dos números.

Já produziu diversos trabalhos literários como contos, crônicas e poesias em escolas, jornais, revistas e nas redes sociais. 

Actualmente, conquistei o Premio Internacional de Prosa- Prêmio Machado de Assis 2017.

CH – Quando e como você começou a escrever?

Ernesto - Como comecei a escrever? considero a questão de vasta importância alem de ser provocante e muito excitante. Diria que é como alguém que dorme saudável e de noite para dia desperta doente. Acredito que a sua primeira impressão é acordar e procurar um médico para com urgência lhe diagnosticar, certo? Assim aconteceu comigo por muitos anos. Vou começar por vos narrar uma historia, que não sei se hoje posso considerar como história no verdadeiro sentido, embora é um marco no que diz respeito a minha paixão pela escrita... Tive uma infância que muitos ate hoje a invejam por ter sido tão valiosa quanto ao ouro que meus antepassados ralavam e no final ganhavam nada. Durante esta fase convivi com os meus avós e estes diariamente contavam-me historias da escravidão e do colonialismo que assolavam em africa e cicatrizavam sua carne e pele por muitos anos... E foi desta forma que o bichinho penetrou em mim, facto que levou-me a usar as palavras para exaltar e dizer não as dores em África em especial em Moçambique, minha terra natal. Acredito que um dia teremos outra oportunidade  falar com mais profundidade sobre o meu namoro com o mundo das letras. 

CH - Você sente mais emoção ao escrever qual gênero (poesia, conto, romance etc.)?

Ernesto - Olha, sempre fui apaixonado pela poesia embora escrevo quase todos gêneros literários, mas respondendo a questão colocado diria que sinto-me mais aliviado e com um enorme prazer ao beijar com a esferografica os versos de um poema.

CH - Quais são suas principais influências na literatura?

Ernesto - Em primeiro lugar deixe-me dizer que acultura africana é o mar das minhas eloquentes inspirações no mundo literários, isso para dizer que inspiro-me na minha Mãe África, em suas dores, beleza e sua tristeza, em suma no seu quotidiano ..Embora bebi de Jose Craveirinha, Cruz e Souza e Noemia de Sousa. ..

CH – Se dedica exclusivamente à literatura ou tem outra profissão

Ernesto - Alem de responder a questão prefiro deixar um conselho: se es artista de qualquer área que seja não-o pratique pensando que podes viver somente dela porque a arte é somente uma companhia. Eu uso a arte como uma ferramenta que inspira-me para praticar outras tarefas profissionais. 

CH - Você escreve para vender ou para satisfazer seus desejos de autor?

Ernesto - sinceramente eu escrevo por amor visto que a escrita em si me satisfaz. 

CH – Como está o mercado editorial no Moçambique? 

Ernesto - Não sei se direi o certo, mas no meu ponto de vista acho que o mercado editorial aqui em Moçambique ainda é um câncer. Precisa-se fazer ainda um grande trabalho para o seu desenvolvimento, mas esta em progresso. 

CH - As editoras moçambicanas prezam o nível cultural das obras literárias para melhoria do intelecto ou apenas ver nessas obras um produto comercial? 

Ernesto - É uma questão ampla e de muita consideração, sensível e importante de se decifrar. Quero acreditar no positivismo, por isso agora torna-me difícil dizer sim ou não pelo facto de ser uma área ainda em desenvolvimento e também porque ainda trabalhei directo com nenhuma editora daqui.

CH - Como você organiza seu processo criativo: decide o que vai ser escrito e por onde começar e quais serão as fases?

Ernesto - Bom, acho em nenhum momento parei para desenhar um plano de escrita, tudo que já organizei ate hoje surge-me espontaneamente. 

CH - Quais suas metas? Algum projeto literário em andamento?

Ernesto - Sinceramente os projectos são os que não reclamo em falta no meu dia a dia.

Estou agora com algumas obras inéditas que penso em publica-las, mas ainda não posso adiantar as datas, mas dentro em breve direi.

E quanto as perspectivas espero concretizar todos meus sonhos pois tenho uma bagagem de conhecimento por explorar. 

CH- O que uma crítica literária significa para o seu trabalho?

Ernesto - Para mim Critica Literária significa caminho e saber, pois através da critica sou capaz de aprender e aperfeiçoar mais o que faço. Por isso costumo dizer na minha pagina de Facebook que uma critica bem feita vale mais que um simples gosto.

CH - Sua literatura aborda temas nacionais, culturais, raciais, e grita pela desigualdade, ou apenas segue passivo sem se intrometer nestes assuntos?

Ernesto - A minha escrita é marcada pela dor, desespero, e o sofrer da minha Mãe África que considero-a esquecida. Uma ode a África que reverba um verdadeiro sentido de lamento, o que se pode observar no meu livro publicado em Brasilia pela Editora do Carmo, intitulado"Liberta-te Mãe África".( disponível no Amazon, club de autores, angbook e mais).

Em suma meus textos descrevem a África no seu todo, embora ainda é provável encontrar algumas marcas da literatura moçambicana. 

CH - Brasileiros leem em média 4 livros por ano. Os moçambicanos leem quantos por ano? O que um escritor pensa sobre isso?

Ernesto - É uma questão difícil de responder pois não tenho em mente um numero exacto de quantos livros o moçambicano lê por ano. E como escritor, Acho um absurdo limitar o leitor de viajar nas nuvens das palavras. Por mim deveriam ler mais que 4 livros independentemente da capacidade do leitor. 

CH - Considerações finais...

Ernesto - Conclui esta maravilhosa conversa, agradecendo ao estimado amigo leitor que desde o inicio aturou mesmo nos momentos violentos pois não é fácil lhe dar com um louco que nem eu, e como não poderia ser diferente agradeço também aos meus editores Evan do Carmo e Iranete do Carmo pelo apoio na concretização dos meus sonhos e em especial aos meus pais e irmã que sempre deram forças e por fim ao meu colega e ilustre amigo Marcello Silva, que concedeu-me o convite para entrevista.

Dizer que para quem queira apreciar o meu livro"Liberta-te Mãe África"encontra-se disponível em 12 países nos sites:


Para mais informações podem seguirem-me pelo facebook: Ernesto Moamba.

Biografia completa de Ernesto Moamba:

Ernesto António Moamba(Ernesto Moamba), conhecido também como Filho da África, nasceu a 04 de Agosto de 1994, em Moçambique-Cidade de Maputo. Concluiu o seu nível pré-universitario em 2014, hoje formado em contabilidade Geral Básica e Educação Financeira. Poeta e escritor moçambicano, iniciou com apresentação dos seus trabalhos literário (poesias, contos e crônicas) nas Escolas e mais tarde resolve divulga- los em redes sociais jornais e revistas culturais nacionais e estrangeiras.
A temática da sua escrita é marcada pela dor,desespero e o sofrer da sua Mãe África esquecida,um verdadeiro cântico de lamento, uma ode a África. O poeta sublinha ter participado de cinco Antologias (nacionais e internacionais) nomeadamente: " O mundo dos sonhadores, Corpo Negro, Um brinde a poesia, Desafio e Fúria de Viver, com participação de 4 países lusófonas ( Moçambique,Angola, Brasil e Portugal). È membro fundador da AMCL-Academia Mundial de Cultura e Literatura ocupando a cadeira-21,com patrono Cruz e Souza. Representa em Moçambique o Departamento comercial do consórcio da Fundação Noemia Bonelli(Brasilia). 
2016, lança e publica pela Editora do Carmo o livro de poesia intitulado "Liberta-te Mãe África"
2016, Dezembro,conquista o 3° lugar no prêmio internacional Buriti 2016.
-participa como prefaciador do livro de Mahommah G. Baquaqua- escrita por um escravo africano que viveu no brasil. E com o poema "As pegadas no passeio do vento"participa também no volume I e II das Antologias da colecção biblioteca Carmelia editado pela Editora Uirupuru.
-Recebe o diploma de membro da AMCL e certificado de participaçao do primeiro Evento.
-colabora com os jornais Omunumental( brasil),Dw
Deutsche welle "português para África"(Alemã), jornal Noticia e O País(Moçambique).
2014-2016, Destacado com Menção Honrosa nos concursos:
-XIV Fritz Teixeira de Sales de Poesia, poema "Liberta-te África"
-XXVIII Concurso de poesia ALAP, poema "Mãe África"
-Concurso Quatro estações, poema "Liberta-te África".
2016,participa da Revista Literária intitulado "Kamba"editado e publicado em Angola.
2017, Fevereiro, conquista a Menção honrosa no 6° Concurso literário
de Itaporanga PB.
2017, Abril- Em parceria com a Escritora e editora brasileira Marleide Lins, Organiza a Antologia poética-Lusofonia & poesia com participação de Brasil e Moçambique.
-Recebe da AMCL- Academia Mundial de Cultura e Literature o diploma de actuação acadêmica.
2017, Abril- Participa do FLAL-Festival de literatura e Artes lliterárias ( Evento online)
- Abril, É nomeado oficialmente pela Fundação Nôemia Bonelli, Curador responsavel pela folclore Luso-africana.
- Abril, Participa da 46° edição da Revista internacional Eisfluência.
- Abril, Recebe o convite para participar da FILLCAV BRASIL 2017- São paulo.
-Abril- Participo da Antologia comemorativa dos 06 meses da Fundação da AMCL- Acadêmia Mundial de Cultura e Literatura.
- Maio, Vence o 3° Lugar, no IV Concurso Internacional de Prosa- Prêmio Machado de Assis 2017, organizado pela Confraria Cultural Brasil-Portugal (CCBP).
- Maio, Participa da 25° Antologia "Logos", Organizado pela Fenix-Brasil, com participação de 16 paises.
È membro do grupo intercambio dos escritores da lingua Portuguesa e Presidente do grupo Lusofonidades-Divulgando literatas lusófonas.










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