Princesinha do litoral, escondida no desemborcar de dois rios.
no passar dos dias vai beijando as marés com seus lábios de sal.
Selva de pedra
surgida no acaso dos anos se faz menina miscigenada
mistura de tudo:
cor, raça, religião... Eis Chaval simplesmente Chaval.
Por tuas ruas quentes desfilam os filhos teus, alheios ao teu valor.
Apegados a rotina não percebem quão belo eis o Porto em noite de lua cheia,
assim como o Itaúna sendo beijado pelos primeiros raios de sol duma manhã de verão.
Ou quão indescritível a paz que emana da Pedra da Gruta
ou ainda a hipnose ao obsevar o último crepúsculo de cima da Pedra da Carnaúba.
Teus filhos!
Teus filhos!
Desconhecem tua face.
Desconhecem teus cantos.
Tuas danças... Lendas.
Asfixiam tua cultura pouco a pouco
vão lentamente esquecendo (esmagando) teus costumes
Teu grito de socorro entristece-me à alma a jorrarem sólidas lágrimas de sal.
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