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Tasso fala sobre rumos da oposição e diz que setor público serve como espaço de barganha

Após assumir como membro do Conselho Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na quarta-feira (16), o ex-senador Tasso Jereissati falou sobre os rumos para a oposição no Brasil. As declarações foram dadas em entrevista para a Folha.com. Segundo Jereissati, é possível que, a médio prazo, haja uma fusão dos partidos de oposição no país (PSDB, DEM e PPS), como forma de resistência a um movimento de cooptação geral em favor do governo. “Político hoje no Brasil se coopa, através de vantagens disso e daquilo. E cada vez menos se vê políticos de oposição. Prefeito de oposição, por exemplo, não existe mais. Governador de oposição, está difícil. E parlamentar agora está ficando raro. Então, para aqueles que acreditam que há necessidade, para a democracia brasileira, de se fazer uma oposição correta, pode ser um destino”, disse. Tasso também comentou a polêmica intenção do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que pretende criar um novo partido para sair do DEM sem correr o risco de perder o cargo. Para o tucano, esse é um “movimento triste”. “Não estou falando especificamente do Kassab, mas eu acho esse movimento muito triste. A gente vê que todas essas tentativas de mudança de partido são em função de interesses pessoais de curto prazo. (…) Usar essa movimentação política em torno de circunstâncias, de oportunidades, e não se ter realmente uma linha, um partido com um programa com que as pessoas tenham compromisso, é muito ruim para a democracia”, afirmou Jereissati. Sobre o PSDB, Tasso, que já presidente nacional da sigla, declarou que a principal missão do partido neste momento é construir uma nova agenda. “A agenda que prevaleceu no país nos últimos 15, 20 anos foi a do PSDB. O momento é outro. Agora nós temos que ter uma nova agenda, em cima do que são os problemas do Brasil hoje”, disse. Entre os pontos que devem debatidos pela sigla, Ele citou a “profissionalização do setor público” e um orçamento menos flexível e mais transparentre entre as questões que devem compor esta agenda. “A política não pode continuar assim. O setor público não pode continuar servindo de troca de barganha, de lugar, por apoio, por voto, etc...” .O ex-senador comentou ainda as eleições para a presidência do PSDB, que ocorrerão no próximo dia 10. Para ele, a reeleição de Sérgio Guerra está bastante avançada. “Existe quase um consenso ao redor do nome dele e não vejo porque mudar”, disse. Jereissati reforçou ainda que não pretende mais se candidatar a cargos públicos. “Já estou levando vida civil”, disse, citando a posse na Fiesp.

Fonte: SPN.

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