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Com volume abaixo de 1%, açude de Pentecoste tem água até dezembro





A cidade de Pentecoste, interior do Ceará, está sofrendo com a seca na região, que há cinco anos registra chuvas abaixo da média. O açude Pereira de Miranda, que abastece o município com população estimada em 32.600 habitantes, está com volume abaixo de 1%. De acordo com diretor de operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Ricardo Adeodato, mesmo com nível baixo, o manancial garante o consumo humano até dezembro deste ano, caso não chova.

“Fazemos simulações, com recarga zero, e tem água para abastecimento humano até dezembro. Tem também uma parte pequena para a piscicultura, e um manejo adequado já foi feito”, garante Adeodato. 

O problema é que o município tem recebido pouca água das chuvas. De janeiro até esta terça, 17, Pentecoste acumulou 173.7 mm de precipitação pluviométrica, segundo levantamento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A quantidade acumulada é considerada pouca em relação à necessidade do açude. Fazendo uma comparação, enquanto em pouco mais de dois meses a cidade alcançou esse precipitação, Pacatuba choveu, somente em um dia, 146 mm. 

Nível do açude antes da falta de chuva, em 2009. 

Com situação delicada no açude Pereira de Miranda, a Cogerh está monitorando regularmente o manancial e estudando medidas para amenizar o atual quadro. Em caso de mais um ano de chuvas abaixo da média, a Companhia possui alternativas, como poços artesanais e adutoras. "A situação, em termos de manancial, está bastante precária. São três mil metros cúbicos, e tem menos de 1% de volume. Quando trabalha com essa condição, a transposição é uma alternativa. Temos água até dezembro e precisamos verificar o inverno do ano que vem. Uma das alternativas é, a partir do estudo geofísico, realizar os poços artesianos conforme a simulação", explica Adeodato.

O quadro atual de chuvas não anima. De acordo com dados do Governo do Ceará, Pentecoste está integrado à bacia do Curu e possui um clima tropical quente semi-árido com chuvas de janeiro a abril. Apesar disso, o diretor de operações da Cogerh acredita em uma probabilidade "mínima" para o município chegar ao sexto ano abaixo da média. "Estamos há cinco anos na seca, com chuvas abaixo da média. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte estão com menos de um ano sofrendo com o problema (seca). A maioria das bacias do Ceará está há quatro anos abaixo da média, mas a bacia do Curu e do Sertão de Crateús estão há cinco anos nessa situação. Existe uma probabilidade mínima de chegar aos seis anos, mas se não chover ainda temos garantia de poços artesianos e, em última instância, a adutora de engate rápido", conta ele.

Fonte: O povo online

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