O dólar comercial fechou em alta de 2,56%, a R$ 3,297 na venda nesta quinta-feira (19), maior valor desde 1º de abril de 2003, quando valia R$ 3,304. Com isso, a moeda interrompeu uma sequência de três quedas seguidas.
A valorização do dólar acompanhou a tendência do mundo todo, mas, por aqui, pesaram também as tensões políticas.
O avanço se intensificou depois que a presidente Dilma Rousseff (PT) informou que não vai fazer uma reforma ministerial em seu governo.
O operador de câmbio de um importante banco nacional disse à agência de notícias Reuters que a declaração frustrou a expectativa dos investidores, que era a de que mudanças no Executivo poderiam atenuar a rebeldia no Congresso.
Os atritos entre o governo e seus aliados no Congresso podem dificultar ainda mais a aprovação de medidas para ajustar as contas públicas.
"O custo político de fazer o ajuste (fiscal) está cada vez mais alto e o mercado não gosta disso", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, à Reuters.
Atuação do BC no mercado de câmbio
O BC manteve seu programa de intervenções no mercado de câmbio, mas agora com metade da oferta de contratos de swap cambial (contratos equivalentes à venda de dólares no futuro). Foram vendidos 250 contratos para 1º de dezembro de 2015, e outros 1.750 com vencimento em 1º de março de 2016.
O BC também fez mais um leilão para rolar os contratos que vencem em 1º de abril. Foram vendidos 2.300 contratos para 1º de junho de 2016 e 5.100 contratos para 3 de outubro de 2016, com volume equivalente a US$ 353,2 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 4,973 bilhões, ou cerca de metade do lote total, correspondente a US$ 9,964 bilhões.
Fonte: UOL
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