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O que Zé Ramalho queria dizer em Chão de Giz?! | Falando de Música

Olá amigos amantes dessa envolvente arte que é a música, tudo beleza com vocês?

Hoje vamos seguir a linha da primeira postagem dessa coluna e falar outra vez de interpretação de letras.

Welligton, essa coluna vai ser só isso mesmo?

Claro que não amiguinhos, mas hoje de manhã escutei essa música e a historia que vou contar a seguir veio no pensamento.

Como falei no post anterior, sempre gostei de músicas que não tem um sentido aparente, com certeza se tem uma coisa que o Zé Ramalho faz é musica complicada, difícil de encontrar sentido.

Gosto desse estilo psicodélico das canções desse cantor paraibano que é um mito! Ele escreve cada enigma que queima os neurônios de qualquer um...

Um tempinho atrás li um post, em um blog aleatório, que prometia contar o significado da musica "Chão de Giz", um clássico da música popular brasileira, executada em 11 em cada 10 shows de barzinhos. Essa música também é uma das minhas preferidas!

Pois bem, vamos a postagem. O texto se espalhou por vários blogs, basta fazer uma simples pesquisa que você encontra em vários lugares. Não lembro o nome do blog onde encontrei. 

O texto fala que o significado/interpretação/sentido da música foi exposto, supostamente, pelo próprio autor da canção, Zé Ramalho. Não encontrei nenhuma evidencia da veracidade do texto, mas a questão aqui não é se ele foi ou não baseado em uma declaração do grande Zé. Quero apenas que vocês leiam (caso não conheçam ainda) e me digam se esse pode ou não ser o significado real da música.

Eu vi bastante sentido na explicação abaixo. Se realmente foi inventada, parabéns para o autor do texto, que conseguiu criar uma interpretação bem convincente e parabéns também para o Zé, por ter feito uma canção que permite tantas interpretações.

Prontos?

Escute a canção!




Vamos ao texto! (Ele foi copiado na íntegra)

"Você já parou alguma vez na vida para tentar entender esta música tão complexa? Zé Ramalho consegue ser um dos poucos cantores que compõe músicas com alto repertório (de difícil entendimento) e mesmo assim agrada o gosto popular. Consegue transmitir sentimentos.

Hoje no carro ouvindo Chão de Giz, decidi prestar atenção na letra e bateu a curiosidade de conhecer a verdadeira história da música. De entendê-la! Descobri e achei bacana compartilhar com vocês. Vale a pena a leitura!

Explicação dada, em tese, pelo próprio compositor, O GRANDE POETA ZÉ RAMALHO, sobre Chão de Giz:

Ainda jovem, o compositor teve um caso duradouro com uma mulher bem mais velha que ele, casada com uma pessoa bem influente da sociedade de João Pessoa, na Paraíba, onde ele morava. Ambos se conheceram no carnaval. Zé Ramalho ficou perdidamente apaixonado por esta mulher, que jamais abandonaria um casamento para ficar com um “garoto pé -rapado”. Ela apenas “usava-o”. Assim, o caso que tomava proporções enormes foi terminado. Zé Ramalho ficou arrasado por meses, mudou de casa, pois morava perto da mulher e, nesse meio tempo, compôs Chão de giz.

Sabendo deste pequeno resumo da história, fica mais fácil interpretar cada verso da canção. Vamos lá!

“Eu desço desta solidão e espalho coisas sobre um chão de giz”

Um dos seus hábitos, no sofrimento, era espalhar pelo chão todas as coisas que lembravam o caso dos dois. O chão de giz indica como o relacionamento era fugaz.

“Há meros devaneios tolos, a me torturar”

Devaneios e lembranças da mulher que não o amou. O tinha como amante, apenas para realizar suas fantasias. Quando e como queria.

“Fotografias recortadas de jornais de folhas amiúdes”

Outro hábito de Zé Ramalho era recortar e admirar TODAS as fotos dela que saiam nos jornais – lembrem-se, ela era da alta sociedade, sempre estava nas colunas sociais.

“Eu vou te jogar num pano de guardar confetes”

Pano de guardar confetes são balaios ou sacos típicos das costureiras do Nordeste, nos quais elas jogam restos de pano, papel, etc. Aqui, Zé diz que vai jogar as fotos dela nesse tipo de saco e, assim, esquecê-la de vez.

“Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão-vizir”

Ele tenta ficar com ela de todas as formas, mas é inútil, pois ela é casada com um homem muito rico.

“Há tantas violetas velhas sem um colibri”

Aqui ele utiliza de uma metáfora. Há tantas violetas velhas (Como ela, bela, mas velha) sem um colibri (um jovem que a admire), dessa forma ele tenta novamente convencê-la apelando para a sorte – mesmo sendo velha (violeta velha), ela pode, se quiser, ter um colibri (jovem).

“Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus”

Este verso mostra a dualidade do sentimento de Zé Ramalho. Ao mesmo tempo que quer usar uma camisa de força para se afastar dela, ele também quer usar uma camisa de vênus para transar com ela.

“Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro”

Novamente ele invoca a fugacidade do amor dela por ele, que o queria apenas para “gozar o tempo de um cigarro”. Percebe-se o tempo todo que ele sente por ela um profundo amor e tesão, enquanto é correspondido apenas com o tesão, com o gozo que dura o tempo de se fumar um cigarro.

“Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom”

Para quê beijá-la, se ela quer apenas o sexo?

“Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez…”

Novamente ele resolve ir embora, após constatar que é impossível tentar algo sério com ela. Entretanto, apaixonado como está, vai novamente à lona – expressão que significa ir a nocaute no boxe, mas também significa a lona do caminhão, com o qual ele foi embora – ele teve que sair de casa para se livrar desse amor doentio.

“Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar”

Amor inesquecível, que acorrenta. Ela pisava nele e ele cada vez mais apaixonado. Tinha esperanças de um dia ser correspondido.

“Meus vinte anos de ‘boy’ – that’s over, baby! Freud explica”

Ele era bem mais novo que ela. Ele era um boy, ela era uma dama da sociedade. Freud explica um amor desse (Complexo de Édipo, talvez?).

“Não vou me sujar fumando apenas um cigarro”

Depois de muito sofrimento e consciente que ela nunca largaria o marido/status para ficar com ele, ele decide esquecê-la. Essa parte ele diz que não vai se sujar transando mais uma vez com ela, pois agora tem consciência de que nunca passará disso.

“Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval”

Eles se conheceram em um carnaval. Voltando a falar das fotos dela, que iria jogar em um pano de guardar confetes, ele consolida o fim, dizendo que já passou seu carnaval (fantasia), passou o momento.

“E isso explica porque o sexo é assunto popular”

Aqui ele faz um arremate do que parece ter sido apenas o que restou do amor dele por ela (ou dela por ele): sexo. Por isso o sexo é tão popular, pois apenas ele é valorizado. Ela só queria sexo e nada mais.

“No mais, estou indo embora”

Assim encerra-se a canção. É a despedida de Zé Ramalho, mostrando que a fuga é o melhor caminho e uma decisão madura. Ele muda de cidade e nunca mais a vê. Sofreu por meses, enquanto compôs a música.

Toda essa explicação foi dada pelo próprio Zé Ramalho.

Link da postagem http://pensadoranonimo.com.br/voce-sabe-o-significado-da-musica-chao-de-giz-de-ze-ramalho/

Conto com a sua opinião nos comentários! Concorda com a explicação? Gosta da música?

Até o próximo texto, pessoal!



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