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Dengue no Ceará | Situação é a mais grave em três anos

A situação da dengue no Ceará é a pior e mais grave dos últimos três anos. Segundo o recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Fortaleza e mais 43 municípios já enfrentam nível epidêmico da doença, com alta incidência no número de casos. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), é considerado epidêmico quando há mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes. A Capital registra 652,28 ocorrências confirmadas pelo mesmo grupo de pessoas. Na média, o Ceará, com incidência de 375,35 também está em alerta vermelho.


As cidades com nível epidêmico da doença são Alcântaras, Aracoiaba, Aquiraz, Arneiroz, Barbalha, Barro, Beberibe, Brejo Santo, Canindé, Capistrano, Catarina, Caucaia, Coreaú, Eusébio, Fortaleza, Hidrolândia, Horizonte, Iguatu, Ipu, Itaitinga, Itapiúna, Jaguaribara, Jardim, Jucás, Maranguape, Mauriti, Miraíma, Mucambo, Ocara, Palmácia, Palhano, Paracuru, Pacoti, Pentecoste, Piquet Carneiro, Pires Ferreira, Porteiras, Reriutaba, São Gonçalo do Amarante, Tauá, Trairi, Umari, Umirim e Varjota.

Ainda segundo o boletim, o Estado somou, até a sexta-feira passada, 32,9 mil casos confirmados de dengue. No ano passado, foram 18,2 mil, com incidência de 207,80 por 100 mil habitantes. Em 2013, as ocorrência totalizaram 25,9 mil, com taxa de 295,4 pelo mesmo grupo de pessoas. Só não superamos as epidemias de 2012 e 2011, aponta o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Márcio Garcia. Naqueles anos, o total de casos passou de 56 mil confirmações e a incidência chegou a 673,2 por 100 mil.

Garcia aposta na redução de pessoas infectadas pelo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. "Estamos em curva descendente. Agora, é planejar para o próximo ano e continuar conscientizando a população para não baixar a guarda" recomenda, acrescentado que só é preciso 15 minutos por semana para se proceder uma inspeção na residência e eliminar os focos. "Isso é fundamental", diz.

O coordenador das Ações de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Carlos Alberto Barbosa, explica que a transmissão está ligada à multiplicação do vetor, que foi favorecido, neste ano, pela quadra chuvosa, que foi até junho. "Por isso, ocorreu o aumento no número de criadouros", explica Barbosa.

Na Capital, ressalta, 47% dos casos estão na Regional VI, onde as ações de combate se concentram mais. Segundo o coordenador, a Prefeitura adquiriu mais 45 máquinas costal e tem trabalhado de forma estratégica com os agentes de endemias. "Trabalhamos para mudar o hábito da população sobre não deixar recipientes onde o mosquito possa se reproduzir", acrescenta.

O infectologista Ivo Castelo Branco avalia que o governo estadual não pode acreditar na diminuição dos casos. "Até porque, estamos em nível epidêmico, e o mosquito já provou que vem se adaptando para continuar vivo, e com ele ninguém pode brincar", avalia.

O especialista aponta que cada município tem suas peculiaridades, sua cultura e momentos diferentes. "Muitos enfrentam a falta de abastecimento de água e as pessoas estocam baldes, potes, tinas, bacias e tudo que puderem. Outras como a Capital, com chuvas esparsas, tem os ferros velhos e outros locais que o mosquito adora para se proliferar. Ou seja, é preciso identificar as diferenças, agir de forma diferente e nunca baixar a guarda achando que venceu a guerra contra o Aedes", alfineta.

Prevenção

O mosquito também transmite a febre chikungunya e o zika vírus e, para controlar a sua reprodução, a orientação é a mesma, frisa o médico: manter os quintais sempre limpos, recolher, eliminar ou guardar longe da chuva todo objeto que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de ovos. O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados.

Depois da chuva, é recomendado fazer a vistoria no quintal e na casa para eliminar a água acumulada sobre lajes, calhas, tanques, pratinhos de vasos de planta. Baldes, potes, quartinhas, bacias, camburões e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d'água, devem ser mantidos limpos e fechados para evitar a doença.

Lêda Gonçalves
Repórter

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