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Pílula anticoncepcional tem relação com trombose? Veja mais perguntas

Depois que a jovem Juliana Bardella, de 22 anos, relatou nas redes sociais que desenvolveu uma trombose venosa cerebral e foi internada após usar pílula anticoncepcional, muitas usuárias do medicamento começaram a manifestar dúvidas sobre o uso desse medicamento.


Veja abaixo respostas aos principais questionamentos baseadas em informações do presidente da Sociedade Brasileira e Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência (Sogia), José Alcione Macedo Almeida, do presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Ivanésio Merlo, e do presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, César Eduardo Fernandes.

O que é a trombose venosa?

De acordo com a SBACV, é uma doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias em um local ou momento não adequados -- não adequado porque a coagulação é um mecanismo de defesa do organismo. As veias mais comumente atingidas são as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos). Os sintomas mais comuns são inchaço e dor.

O angiologista Ivanésio Merlo diz que, para ocorrer trombose venosa, é preciso que ocorra uma das três situações: trauma vascular, estafe venosa (má circulação) ou alteração do poder de coagulação sanguínea.

Se eu tomar pílula, é verdade que terei mais risco de ter trombose?

Sim. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mulheres que usam anticoncepcionais contendo drospirenona, gestodeno ou desogestrel (caso das pílulas) têm um risco de 4 a 6 vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso, em um ano, do que as mulheres que não usam contraceptivos hormonais combinados. De qualquer forma, segundo os médicos especialistas, se não há outros fatores de influência, o risco ainda assim é pequeno.

“Os benefícios dos anticoncepcionais na prevenção da gravidez continuam a superar seus riscos. Além disso, os riscos de eventos como trombose envolvendo todos os contraceptivos orais combinados é conhecidamente pequeno”, informou a Anvisa.

Mesmo com a pequena chance, a possibilidade de efeitos colaterais é o principal argumento dos médicos para que as mulheres não escolham a pílula por conta própria. Antes de receitar o anticoncepcional ideal, o ginecologista deverá fazer um questionário para ver se a paciente tem alguns dos fatores que podem desencadear problemas pelo uso da pílula e aumentar a probabilidade de ter uma trombose, entre outras doenças.

Ainda segundo a Anvisa, “antes do início do uso de qualquer contraceptivo, deve ser realizado minucioso histórico individual da mulher, seu histórico familiar e um exame físico incluindo determinação da pressão arterial. Exames das mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos, além do Papanicolau, devem ser conduzidos”.

Esses procedimentos devem ser feitos uma vez por ano. O ginecologista José Alcione Macedo Almeida diz que é importante também perguntar se a paciente toma qualquer outro medicamento que possa interagir com os hormônios da pílula. “Pacientes que tomam anticoagulantes exatamente pra evitar a trombose, é lógico, a gente evita [a pílula]”, disse.

Quem deve evitar tomar a pílula?

Fumantes, mulheres com histórico de trombose na família, pacientes com enxaqueca frequente, obesas, diabéticas, entre outros fatores. Mulheres sedentárias também podem apresentar algum efeito colateral, assim como aquelas pacientes que têm dores de cabeça com pequenos lampejos (cefaleia precedida de aura) -- quando a mulher vê “estrelinhas, raios de luz”. Os médicos apontam que aquelas que têm mais de 35 anos e são fumantes estão proibidas de usar pílula.

Almeida explicou que “estatisticamente é muito pequena a taxa de pacientes muitos jovens que têm qualquer fenômeno trombótico sem nenhum antecedente”. Ele alerta, no entanto, que o cigarro é o fator que para as meninas mais jovens é o mais problemático. “Você pode pegar uma paciente de 20 anos. Ela não tem nenhuma história agravante de risco, mas ela sendo fumante já dobra o risco de ter um fenômeno de trombose”, disse Almeida.

Quais são os efeitos colaterais confirmados pelos médicos?

Os médicos alertam que nem todas as mulheres que consomem a pílula terão esses efeitos colaterais. Há, no entanto, a chance de desenvolver trombose, dor de cabeça, enxaqueca, maior retenção de líquido, ganho de peso.

Sobre a diminuição da libido, o ginecologista César Eduardo Fernandes diz que é preciso analisar caso a caso, já que muitas vezes há outras questões que podem ocorrer na vida da mulher que tiram a vontade de fazer sexo.






Há algum efeito colateral positivo pelo consumo da pílula?

Sim. O remédio pode reduzir o risco de câncer de mama e de ovário. Há, no geral, uma redução da acne nas mulheres. O medicamento pode reduzir as cólicas menstruais e a tensão pré-menstrual. O ciclo menstrual fica mais regular.

“Qual é a melhor pílula para se tomar? Não tem a melhor pílula, todas elas têm progesterona e/ou estrogênio. Dificilmente o médico recomenda alguma coisa que pode resolver outra doença e não haja um efeito colateral, mesmo que pequeno”, explica Merlo.

Há algum exame que comprove que a minha trombose foi causada pela pílula?

Não. Os especialistas apontam a pílula como causadora da trombose após fazer uma exclusão de outros fatores. Se a paciente fuma muitos cigarros por dia, por exemplo, é um fator que também aumenta as chances da trombose -- unido ao uso da pílula, pior ainda. De qualquer forma, quanto mais fatores de risco para a trombose a paciente tiver, maior será a chance de desenvolver a doença. O uso da pílula é apenas um deles.

Quais outros métodos contraceptivos podem ser utilizados?

Todos os métodos que apresentam os hormônios citados acima têm os mesmos riscos da pílula. Por isso, os médicos recomendam o uso da camisinha como o melhor método anticoncepcional do mercado. Há também o DIU de cobre e o diafragma, por exemplo. É importante ir ao médico e checar outros fatores de risco também desses outros contraceptivos.

Fonte: Bem Estar 


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