Recent Tube

Justiça Eleitoral e especialistas reafirmam segurança das urnas


Ao longo da História, o modelo de votação no Brasil mudou. Desde 1996, o voto passou de cédula de papel para a urna eletrônica. A apuração, que levava meses, hoje dura menos de oito horas. As teclas da urna também foram modificadas - eram de baixo relevo, agora são mecânicas. A própria máquina diminuiu de tamanho e ficou mais leve. Mas, após 22 anos da implantação da urna eletrônica, tal sistema de votação se tornou alvo de questionamentos nestas eleições, ao passo que a Justiça Eleitoral reitera que é seguro.

No primeiro turno da disputa presidencial, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) levantou suspeitas sobre possível fraude no resultado do pleito, caso o PT vencesse. Com isso, o debate voltou à tona: as urnas brasileiras são ou não confiáveis? A Justiça Eleitoral garante que sim. Especialistas em Tecnologia da Informação apontam melhorias no processo de auditoria dos votos para selar a lisura do processo, mas avaliam que é confiável.

Para afastar quaisquer suspeições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza, desde 2009, testes públicos de segurança do sistema eletrônico de votação para que eventuais "brechas" sejam detectadas e corrigidas a tempo do pleito. No teste do ano passado para as eleições de 2018, duas "ameaças" foram verificadas e, de acordo com o TSE, sanadas. Uma na chave de criptografia da urna e outra na validação da assinatura digital de arquivos contidos nela.

Ontem, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, e os presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) divulgaram uma "Carta à Nação Brasileira", na qual reafirmam "total integridade e confiabilidade das urnas eletrônicas" e do modelo brasileiro de votação e apuração das eleições. O texto enfatiza, ainda, a integridade e a segurança da urna eletrônica e ressalta que o processo de votação no País é "perfeitamente auditável".

Testes

Diretor de inteligência de uma empresa especializada em cibersegurança, Fernando Amatte já acompanhou testes em anos anteriores. Para ele, a urna está em um "processo evolutivo" e falhas "não-intencionais" em programas de computador são passíveis de ocorrer, mas garante a efetividade das correções e a lisura do processo.

"Não foram encontradas, até o momento, falhas que pudessem comprometer uma eleição ou falhas que corrompessem os votos", diz. "Acredito na segurança nas urnas e que o meu voto continua sendo aquele que depositei nas urnas", completa.

Para Rawlison Brito, CEO de uma empresa cearense de Tecnologia da Informação, qualquer tecnologia está vulnerável a uma "ameaça" externa ou interna. Ele ressalta, porém, que eventual fraude no software da urna eletrônica só seria, efetivamente, possível em caso de acesso à máquina.
Continua depois do anúncio
"O TSE deixa muito claro que as urnas são isoladas e saem das bases sem nenhuma comunicação", explica. Segundo ele, o Tribunal tem "feito um grande esforço para demonstrar à sociedade que tem feito um trabalho bastante profissional".

O secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), Carlos Sampaio, explica que, além dos testes públicos, a Justiça Eleitoral dispõe de outros mecanismos para comprovação do resultado da votação. Ele lembra que, seis meses antes de cada eleição, o código fonte da urna fica aberto à fiscalização de entidades da sociedade civil, mas, apesar disso, há pouca busca.

Votação paralela

"Nós temos no dia da eleição a votação paralela que, no caso do Ceará, quatro urnas são sorteadas no sábado e recolhidas para Fortaleza. Essas urnas recebem votos, de cédulas de papel. Essa votação é auditada por uma empresa contratada e, no fim do dia, como aquela votação foi aberta, alguém que estivesse monitorando saberia qual o resultado daquela sessão. E nós temos na urna uma coisa importante que é o que a gente chama de 'log' da urna, uma caixa preta da urna".

O cientista político Horácio Frota, professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), descarta a possibilidade de fraudes que eram constatadas no modelo de votação em cédula de papel, como no "transporte de urnas".

"Não vejo razão de contestação, principalmente, com a visita internacional de uma equipe, acompanhando e comentando a validade", avalia ele, referindo-se à missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que acompanha o pleito deste ano no Brasil. Para Frota, levantar suspeitas sobre o processo de votação é "conturbar" mais o cenário político brasileiro.

Informações do Diário do Nordeste

Viu algum erro na matéria? Avise pra gente por aqui ou nos comentários.

Se inscreva no nosso canal no YouTube!

Quer receber conteúdo EXCLUSIVO? Se inscreva na nossa área vip clique aqui
Curta nossa página no Facebook www.facebook.com/chavalzada
Siga nosso perfil no Instagram www.instagram.com/chavalzada
Baixe nosso aplicativo móvel www.app.vc/chavalzada


Deixe sua opinião nos comentários, nós agradecemos!

Postar um comentário

0 Comentários