Não é apenas impressão. O futebol, de fato, é a maior paixão dos brasileiros. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, em âmbito nacional. De acordo com o levantamento, o esporte trazido ao País por Charles Miller foi a primeira coisa que 77% dos entrevistados responderam quando perguntados “Quais são as grandes paixões dos brasileiros?”.
E engana-se quem acha que se trata de uma paixão exclusivamente masculina. O futebol foi a primeira paixão citada tanto por homens (82%) quanto por mulheres (72%).
Em segundo lugar neste ranking aparece a cerveja, com 35% dos votos (ainda assim, com menos da metade do total do campeão). Na sequência, desponta, em terceira colocação, o Carnaval, com 30% de citações (veja quadro nesta página).
A mulher ocupa o quarto lugar na pontuação das paixões dos brasileiros, com 22% dos votos. Entre os homens, esse índice chega a 33%. Já entre as entrevistadas, 13% reconhecem que as mulheres são, sim, uma paixão nacional.
Fechando o “Top 5” figura o churrasco, citado por 20% dos brasileiros.
CuriosidadesDiferentemente do senso comum, a cerveja não é mais popular entre as pessoas de faixa etária mais jovem, e sim entre aquelas com idade entre 30 e 39 anos (42% das citações), seguido da faixa 18 a 24 anos (35%).
Aqui no Nordeste, a paixão pela praia chega a 17% das citações, um índice superior à média brasileira (13%), que ocupa o sexto lugar no ranking.
Um dado surpreendente que a pesquisa traz em relação às paixões apontadas pelos nordestinos é referente aos automóveis, Apenas 4% dos entrevistados na região citaram o carro como uma das suas paixões. O total nacional é superior ao dobro (9%).
Também curioso é o desempenho da tradicional cachaça entre os entrevistados mineiros, costumeiramente considerados apreciadores de uma boa “branquinha”. Só 7% em Minas Gerais citaram o aguardente, enquanto a cerveja recebeu 46% dos votos.
Outra curiosidade diz respeito à diferença com que homens e mulheres brasileiros se relacionam com as telenovelas. Na média nacional, os folhetins eletrônicos foram apontados por 9% dos entrevistados. Entre as mulheres, esse número sobe para 13%, enquanto não passa de 4% quando o grupo é formado só por homens.
Surpreendente mesmo foi o baixo desempenho da seleção brasileira de futebol. Num país assumidamente apaixonado por este esporte, só obteve 7% das citações.
Na rabeira do levantamento, todos com apenas 1%, aparecem trabalho, dinheiro, música e igreja.
O Povo Online