Centenas de manifestantes entraram na tarde desta terça (12) no prédio da Câmara dos Deputados para fazer um ato contra a eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Casa. O protesto começou às 14h e durou pouco mais de uma hora.
Pastor da igreja Assembleia de Deus, o deputado é alvo de protestos porque, em 2011, fez declarações polêmicas em redes sociais sobre africanos e homossexuais.
Os manifestantes tentaram fazero ato no Salão Verde, o principal da Câmara, uma espécie de antessala doplenário, mas foram impedidos pelos seguranças.
Os deputados Jean Willys (PSOL-RJ) e Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) intercederam e, depois de uma conversa com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), voltaram com a informação de que os manifestantes poderiam se concentrar no Salão Branco, que fica no subsolo, próximo da chapelaria, na entrada da Câmara.
Os ativistas gritavam palavras de ordem como "Até o Papa renunciou. Felliciano, a sua hora já chegou" e "Feliciano, não é só você. Não queremos ninguém do PSC".
Antes, parte dos manifestantes acompanhou reunião de um grupo de deputados da Comissão de Direitos Humanos que decidiu ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a sessão que elegeu Feliciano presidente da comissão.
No final do ato político, os manifestantes formaram uma roda no salão branco da Câmara para debater a presença de Feliciano na comissão. Líderes do grupo convocaram os manifestantes a estar presentes na primeira sessão da comissão presidida pelo pastor do PSC, na tarde desta quarta.
Na negociação que resultou na partilha das comissões entre os partidos, a Comissão de Direitos Humanos coube ao PSC. Na tarde desta terça (12), a bancada do PSC deverá se reunir para avaliar a repercussão da eleição do deputado para a comissão, mas o líder do partido, deputado André Moura (SE), disse que não cogitava trocar o presidente da comissão.
FONTE: G1