Num verão de sol inclemente, pelo menos uma boa notícia. Se por um lado a exposição aos raios ultravioleta aumenta o risco de câncer, por outro, ela pode reduzir as chances de doenças cardiovasculares. Especialistas recomendam então um equilíbrio: sem exageros, a exposição ao sol faz bem.
A informação é da revista “Nature”, que publicou na edição desta segunda-feira do seu periódico “Journal of Investigative Dermatology”, um estudo relacionando a exposição ao sol com a redução da pressão arterial, diminuindo, assim, o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Segundo a pesquisa, a exposição aos raios solares eleva a produção de um composto - o óxido nítrico - que reduz a pressão arterial.
As doenças cardiovasculares, geralmente associadas ao aumento da pressão sanguínea, respondem por 30% das mortes globais por ano. Cientistas já sabiam que elas variam de acordo com a estação e a latitude, ou seja, o risco de doenças cardíacas aumenta no inverno e em países longe da linha do equador, onde a radiação ultravioleta é menor.
Durante o experimento, Richard Weller, Martin Feelisch e colegas expuseram 24 pessoas saudáveis a uma dose de ultravioleta A (UVA), correspondente a cerca de 30 minutos de luz solar natural. Eles não explicaram, no entanto, qual foi o horário da exposição.
Os resultados sugerem que a exposição ao UVA dilata os vasos sanguíneos, diminui a pressão e altera os níveis de metabólitos de óxido nítrico (substância produzida durante o seu metabolismo) na circulação.