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Poesia de Quinta | As Duas Flores

De volta em nossa "Poesia de Quinta" apresentamos o poema "As Duas Flores" do poeta Castro Alves. O poema tem como base a união de duas flores a partir do sentimento amor, ele retrata como se as flores fossem duas pessoas apaixonadas e que esperam que esse amor viva para todo sempre.

A forma de organização do poema é feita a partir de estrofes em quadras formando a estrutura rondó, o ritmo é embalado pelo emparelhamento e interpolamento das rimas, assim fazendo com que o poema ganhe uma coerência exclusiva, que ele fique ao mesmo tempo animado e sentimental, dando uma ideia de uma oposição em meio a atração.

A Duas Flores

São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.


Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu…
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.


Unidas, bom como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar…
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.


Unidas… Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rodas da vida,
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!


Castro Alves )
Fonte: PoesiasPoemas&Versos                   


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