O nome é complicado para falar. Chikungunya quer dizer “aqueles que se dobram”, em um idioma africano. Isso deve-se ao fato de que as pessoas acometidas tem muito desconforto nas articulações, o que as obriga a se dobrarem de dor.
O Ministério da Saúde do Brasil identificou, até o início de outubro, perto de 80 casos da doença, espalhados por todas as regiões do país. Esse é um dos principais problemas que nós, brasileiros, vamos enfrentar. Por quê? Porque este vírus é também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (na parte de cima da foto ao lado), que é exatamente o mesmo mosquito que transmite a dengue e que, como todos sabemos, está disseminado em várias regiões do país. Estamos frente a uma situação na qual, portanto, há pessoas contaminadas e mosquitos prontos para veicular os vírus.
Os casos de febre chikungunya, assim, tendem a aumentar com o calor e as chuvas do verão que estão por vir. Mais ainda por conta de outro fato: há também outro mosquito que pode ser o transmissor, e que existe em áreas rurais, o Aedes albopictus (na parte de baixo da foto).
Tudo começa com a picada do mosquito contaminado. Em aproximadamente uma semana os sintomas podem começar. São muito semelhantes aos da dengue: febre, mal estar, dores pelo corpo, dores de cabeça, cansaço, enjoo e manchas avermelhadas pelo corpo. Mas o mais desconfortável são as dores articulares. Isso é o que clinicamente diferencia a dengue da febre chikungunya. As articulações ficam doloridas, tornando a movimentação muito dolorosa. Os sintomas duram, em geral, de 10 a 15 dias. Mas as dores articulares podem durar mais tempo, por até 1 ano!
A febre chikungunya não causa hemorragias, que é a principal causa de óbito na dengue. Por isso, é muito menos grave. Ainda bem.
Como tantas outras doenças virais, não há um tratamento específico. Apenas medicações para aliviar os sintomas – sempre prescritas pelo médico, claro.
A febre chikungunya e a dengue são doenças virais importantes, para as quais não há tratamento específico. Ambas são transmitidas pelo mesmo mosquito que se prolifera nos meses quentes e chuvosos. Vamos começar o verão. É responsabilidade de cada um de nós cuidar para que as nossas casas e as casas dos nossos vizinhos não possuam focos de água parada, onde o mosquito se prolifera.
Saúde não se conquista apenas com remédios. Medidas simples de higiene e educação sanitária são às vezes as mais poderosas.
Informações do G1
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