Ontem (14) o Fantástico mostrou o penúltimo capítulo da série "Jornada da Vida". Como vivia o povo que chegou aqui milhares de anos antes do descobrimento. Esse povo chegou muito antes até do que os índios. Os repórteres Sônia Bridi e Paulo Zero visitaram os lugares que contam essa história. Um dos lugares visitados foi a Serra da Capivara no Piauí.
Serra da Capivara, Piauí. Região arqueológica declarada pela Unesco Patrimônio da Humanidade. Na paisagem deslumbrante da caatinga, galerias de arte a céu aberto, deixadas por povos que viveram no local.
Um registro rico da fauna da região quando havia uma floresta úmida. Cenas de uma sociedade que valorizava a interação social. Danças, festas.
Um parto, feito por um xamã, para falar da vida? Ou por um homem que acabou de descobrir a emoção de ser pai? Os tracinhos são uma espécie de contabilidade? Um calendário?
“Isso é a primeira escrita, eram povos que tinham tradições, que tinham crenças. Nós escrevemos tudo que nós sentimos. Eles gravavam, então, dessa maneira. Só que tinha um código e esse código se perdeu com esses povos”, diz a arqueóloga Niéde Guidon
Ninguém conhece este lugar como a pesquisadora Niéde Guidon. Os estudos liderados por ela tentam mostrar que a chegada às Américas se deu muito antes do povo de Luzia.
“As datas são as mais antigas que nós temos, são de 90 mil anos, temos datações de carbono 14 de 58 mil e uma grande quantidade de 30, 20 mil. Tudo indica que vieram da África”, diz a pesquisadora.
A teoria dela é de que há mais de 80 mil anos, os primeiros humanos vieram para cá direto da África, cruzando o Atlântico, em balsas, empurrados por fortes correntes marinhas.
No bem montado Museu do Homem Americano, em São Raimundo Donato, é possível ver os fósseis humanos encontrados na região. Os esqueletos são mais recentes do que o povo de Luzia. Mas as provas de que o homem estava no local há mais de 80 mil anos, são as ferramentas de pedra lascada. A datação foi feita com base em carvão encontrado junto com elas. Mas parte da comunidade científica acha que essas pedras não foram moldadas por humanos.
Um registro rico da fauna da região quando havia uma floresta úmida. Cenas de uma sociedade que valorizava a interação social. Danças, festas.
Um parto, feito por um xamã, para falar da vida? Ou por um homem que acabou de descobrir a emoção de ser pai? Os tracinhos são uma espécie de contabilidade? Um calendário?
“Isso é a primeira escrita, eram povos que tinham tradições, que tinham crenças. Nós escrevemos tudo que nós sentimos. Eles gravavam, então, dessa maneira. Só que tinha um código e esse código se perdeu com esses povos”, diz a arqueóloga Niéde Guidon
Ninguém conhece este lugar como a pesquisadora Niéde Guidon. Os estudos liderados por ela tentam mostrar que a chegada às Américas se deu muito antes do povo de Luzia.
“As datas são as mais antigas que nós temos, são de 90 mil anos, temos datações de carbono 14 de 58 mil e uma grande quantidade de 30, 20 mil. Tudo indica que vieram da África”, diz a pesquisadora.
A teoria dela é de que há mais de 80 mil anos, os primeiros humanos vieram para cá direto da África, cruzando o Atlântico, em balsas, empurrados por fortes correntes marinhas.
No bem montado Museu do Homem Americano, em São Raimundo Donato, é possível ver os fósseis humanos encontrados na região. Os esqueletos são mais recentes do que o povo de Luzia. Mas as provas de que o homem estava no local há mais de 80 mil anos, são as ferramentas de pedra lascada. A datação foi feita com base em carvão encontrado junto com elas. Mas parte da comunidade científica acha que essas pedras não foram moldadas por humanos.
“Eu era ferrenho opositor das pesquisas da Niéde lá na Serra da Capivara, mas há alguns anos ela me convidou para visitá-la e eu analisei essas ferramentas. Eu saí dessa visita, digamos que 99% convencido de que ela está correta”, diz o pesquisador Walter Neves.
O elo perdido, que vai revelar quando de fato os primeiros brasileiros chegaram, está enterrado em algum ponto do Brasil, esperando para vir à luz.
“Se você estudar as populações humanas no velho mundo até 10 mil anos atrás, todas tinham cara de africanos”, diz Walter Neves.
Dez mil anos. Um piscar de olhos na história da evolução humana. Éramos todos iguais. Foi o ambiente onde os humanos se estabeleceram que mudou traços, cores. Criou a diversidade humana. Mas não mudou a espécie, que continua única, igual.
O elo perdido, que vai revelar quando de fato os primeiros brasileiros chegaram, está enterrado em algum ponto do Brasil, esperando para vir à luz.
“Se você estudar as populações humanas no velho mundo até 10 mil anos atrás, todas tinham cara de africanos”, diz Walter Neves.
Dez mil anos. Um piscar de olhos na história da evolução humana. Éramos todos iguais. Foi o ambiente onde os humanos se estabeleceram que mudou traços, cores. Criou a diversidade humana. Mas não mudou a espécie, que continua única, igual.
Fonte: G1 / Fantástico.
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