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Dois dedos de poesia | Adélia Prado por Wellisson Santos.

Antes de qualquer letra posta em argumentos para tecer “ análise” do autor em que me atreverei a desvelar, ou mesmo, talvez, cometer redundância ingênua, gostaria de deixar claro que a intenção não é analisar, propriamente no sentido mais específico. Mas, sim, tentar expor a obra em minha limitada visão de estudante. Deixando claro que também, para ser honesto, não sou estudante da área. Mas sou um estudante movido pela, e unicamente, vontade de ser uma ponte que dê passagem à poesia.

Bom, acima foi meu pedido de licença para poder iniciar nosso texto. Pois bem, cá estamos e para ser mais exato não é de um autor, mas de uma autora que falarei. Ela é conhecida por: Adélia Prado. Para falar de sua voz poética ou de seu lirismo não poderia deixar de citar, para começar, da linguagem usual que ela utiliza. Ao lê-la, é notável a utilização de uma confluência entre prosa e poesia. Uso o termo confluência justamente para deixar distinta da compreesão de prosa poética, apesar de a autora utilizar os dois modos. Porém, frenquentemente mais a confluência. Abro um parêntese aqui para deixar claro que esta é a minha apreensão das impressões da autora. Reinterando, ao construir uma confluência entre prosa e poesia, Adélia, consequentemente abre mão das formas classicas, isto é, rima , métrica, ritmo. Seus versos são compostos livremente num rítmo próprio a cada um.

Outros detalhes podemos notar, os quais são: a ambientação de seu lirismo repousa sobre o cotidiano, os diminuitivos, família, religião. Podemos tornar esses termos como descritores dentro do universo de Adélia. Seus versos são construído duma maneira que me chamou a atenção ao ler seu livro “ O coração disparado” a forma de pôr alguns diminuitivos em momentos que nos dão a sensação de estarmos lendo para alguém que gostamos. Outro detalhe que deixei passar de propósito é: o erotismo. No seu primeiro livro (Bagagem), alguns poemas são construidos com requinte erótico. No entanto, um erotismo matrimonial, isto é, dentro do casamento. Quando mencionei o cotidiano, este é expresso através de imagens postas nos poemas como um reboco em parede, assim dando forma a estes. Lembraças da infância e um regionalismo também são aspectos vistos em seus versos, pois com ternura sua cidade é, frequentemente, desenhada nos poemas.

O fato de Adélia não sintetizar uma linguagem comum àqueles que se debruçam sobre a métrica, rima, candência projetada, é justamente fruto ou consequência do pano de fundo literário da autora, o modernismo. E, atualmente, pós- modernismo, ou sendo justo, contemporânea. Resiste no seu fazer poético os mesmos traços encontrado no início de sua carreira. Seu ultimo livro foi lançado em 2013 (Misirere). A capacidade de colocar o cotidiano de uma maneira não enfadonha é o que mais me admira em seus poemas. A valorização desse cotidiano, tornando uma questão existencial a ser valorizada, e, assim, projetando sentido na vida, apreendendo das lembranças e do presente um dom Divino, é realmente louvável. Considero ela muito importante aos nossos dias, uma vez que o que mais se falta é sentido, isto é, “ razão” para viver nesse caos instalado no mundo.

Por Wellisson Santos. Mais sobre o autor (AQUI)








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