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Chavalzada entrevista o escritor Sousa Filho.


Nosso diálogo de hoje será com o escritor Sousa Filho. Luiz Gonzaga de Sousa Filho é um poeta natural de Parnaíba-Pi; Graduado em Letras Português e em Letras Espanhol, aprecia a MPB, Rock nacional, Luiz Gonzaga; Gosta de ler temas relacionados à História do Brasil. Embora aprecie as poesias de Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos, Vinicius de Moraes, entre outros, não se considera influenciado por nenhum deles em suas poesias. Escreve há vários anos, entretanto, somente algumas de suas poesias foram publicadas no site Recanto das Letras. O autor escreve em várias temáticas e seus primeiros “suspiros poéticos” foram na Literatura de Cordel.

Confira nossa conversa:

Chavalzada - Primeiramente, me fale um pouco sobre você. Quem é Sousa Filho?

Sousa Filho - Sou suspeito para falar de mim, mas vamos lá. Sou parnaibano, tenho 48 anos. Aprecio a poesia de Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos e Vinicius de Moraes. Embora eu seja um apreciador do soneto, não me prendo à “deusa forma” em meus escritos, por entender que a poesia não se restringe à lapidação de versos; contudo, não a refuto. Considero-me autocrítico, (não, perfeccionista). Na música, aprecio MPB, rock nacional, Luiz Gonzaga, entre outros artistas desses gêneros. Sempre que posso, acompanho as palestras de Viviane Mosé e Cláudio Barros Filho pela internet.

CH - Me fale sobre sua formação?

Sousa - Sou graduado em Letras Português e graduando em Letras Espanhol. 

CH – Quando e como você começou a escrever?

Sousa - Comecei escrever ainda na minha adolescência; Todavia, eu não tinha o devido cuidado de guardar ou publicar meus escritos. Comecei a escrever ouvindo meu pai declamando “cantorias”, cantando as músicas de Luiz Gonzaga, ouvindo repentistas e lendo suas pelejas na literatura de cordel. 

CH - Você sente mais emoção ao escrever qual gênero (poesia, conto, romance etc.)?

Sousa - Sem sombra de dúvidas, o gênero que mais me motiva e emociona é a poesia.

CH - Quais são suas principais influências na literatura?

Sousa - Não sei se posso chamar de influência; prefiro chamar de provocação. Nesses termos, quem me provocou na literatura, na filosofia, foi Fernando de Oliveira.

CH – Você tem a docência como profissão. Gostaria de viver exclusivamente da literatura?

Sousa - Seria maravilhoso. Entretanto, penso que isso não seria possível, haja vista que grande parte dos brasileiros não têm o hábito de leitura.

CH - Você escreve para vender ou para satisfazer seus desejos de autor?

Sousa - Nem uma coisa, nem outra; escrevo somente quando estou inspirado. Isso depende de uma série de fatores. Ainda que eu tenha o desejo de escrever, se eu não estiver inspirado, não consigo escrever nada. 

CH - Como você organiza seu processo criativo: decide o que vai ser escrito e por onde começar e quais serão as fases?

Sousa - Como eu respondi na resposta acima, eu não sigo um “ritual” para escrever. Quando a inspiração vem, eu escrevo naturalmente a partir do motivo que me inspirou.

CH – Você é um dos autores do Livro Versania. Fale um pouco sobre esse trabalho.

Sousa - Versania foi, é, e sempre será um momento ímpar na minha vida, visto que foi minha primeira publicação em um livro, embora eu já tivesse publicado várias poesias no site Recanto das Letras e no jornal O Piagui. Através de Versania tive a oportunidade de conhecer poetas do mais alto nível e que fazem parte dessa coletânea maravilhosa, além do poeta Claucio Ciarlini e do nosso diagramador Fábio. 

CH – O meio digital como blog/sites é uma forma que você usa para divulgar seus textos. Em quais sites/blog você publica? Você não tem receio de a ser plagiado nesse meio?

Sousa - Publico minhas poesias no site Recanto das Letras e no site O Piagui Virtual. Não tenho nenhum receio de plágio; porém, se isso acontecer, vou lamentar apenas a incompetência do “nobre” plagiador em produzir seus próprios escritos. 

CH - Quais suas metas? Algum projeto literário em andamento?

Sousa - Tenho o projeto de publicar meu livro Poemas Ébrios, ainda em 2018. Já tenho material suficiente para essa publicação. Outro projeto (sonho) que tenho é “ver” a música Entre Taças, que surgiu da parceria entre os poetas Sousa Filho e Jefferson Portugal gravada na voz do poeta, cantor e compositor Jefferson Portugal.

CH- O que uma crítica literária significa para o seu trabalho?

Sousa - Respeito toda e qualquer crítica, desde que ela seja construtiva. Nesse sentido, ela se faz necessária. Todavia, se percebo que o objetivo da crítica é denegrir-me, ou se ela tem como objetivo a autopromoção, eu a ignoro.

CH - Sua literatura aborda temas nacionais, culturais, raciais, e grita pela desigualdade, ou apenas segue passivo sem se intrometer nestes assuntos?

Sousa - Escrevo em diversas vertentes. Jamais ficarei passivo ás desigualdades sociais nas quais vive grande parte da população brasileira, tampouco à enorme “onda” de corrupção que assola o país nos últimos anos. Os meus poemas “Povo com p”, “Corrupção” e “Câncer”, publicados na coletânea poética Versania e no site O Piagui Virtual, respectivamente, retratam bem essas temáticas.

CH - Brasileiros leem em média 4 livros por ano. O que um escritor pensa sobre isso?

Sousa - Penso que alguns fatores contribuem para que isso aconteça, dentre os quais cito: o analfabetismo, a preguiça mental, mecanismos que são criados com o intuito de tornar a população cada vez mais ignorante, (Big Brother, por exemplo), entre outros.

CH – Como você avalia o mercado editorial brasileiro atualmente?

Sousa - Não posso avaliar de forma ampla, por não conhecer a fundo o mercado editorial brasileiro; entretanto, penso que em Parnaíba, ele ainda é muito fechado para os escritores parnaibanos de menor poder aquisitivo. Talvez seja exagero de minha parte, mas ainda vejo um certo protecionismo nesse contexto.

CH – Como você analisa a literatura parnaibana (historicidade e atualidade)

Sousa - Temos grandes escritores que são reconhecidos nacionalmente. Todos devem ser respeitados por toda a sua história e por tudo que fizeram pela nossa literatura. Contudo quando se trata da nossa atual literatura, ainda vejo uma certa resistência aos poetas da nova geração. Talvez um dia essa história mude.

CH - Considerações finais... 

Sousa - Agradeço ao Portal Chavalzada, em especial ao poeta Marcello Silva pela oportunidade de falar um pouco de mim, de minha história e de meus pensamentos sobre todos os questionamentos que foram levantados. Espero que outros poetas também tenham a oportunidade de se manifestar nesse veículo de comunicação.  


Publicações do autor:


· Coletânea poética Versania ;

· No site O Piagui virtual;

· No jornal impresso O Piagui;

· No site Recanto das letras.









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