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Chavalzada entrevista o escritor Marciano Júnior

Nosso diálogo de hoje é com escritor parnaibano Marciano Gualberto Andrade Nascimento Junior, mais conhecido como “Junior Gualberto”, Nascido na cidade de Parnaíba Piauí, em 22 de janeiro de 1995, Filho de Maria Conceição Correa Gomes Nascimento e Marciano Gualberto Andrade Nascimento, é Ativista Cultural e estudante de História da Faculdade Internacional do Delta, escreve poesias Românticas e Poesias Marginais embasadas em teóricos como: Friedrich Nietzsche, Michel Foucault e Gilles Deleuze. Entusiasta na filosofia de Nietzsche, procura sempre potencializar seus pensamentos e o devir dos lugares por onde anda, afinal, essa é sua maior meta: Efetuar potências positivas sempre, e poder sempre lutar pelos seus ideais.


Confira a entrevista.

Chavalzada – Quando e como você começou a escrever?

Marciano - Comecei a escrever aos 12 anos de idade, para mim era uma maneira de desabafar as dores do mundo, pois embora fosse muito novo, já tinha essa percepção sobre o conceito de vida, e da própria existência em si.

CH - Você sente mais emoção ao escrever qual gênero (poesia, conto, romance etc.)?

MJ - O que mais me emociona relacionado a escrita e minha produção, é a poesia, em virtude de durante o meu processo de produção, ter muito sentimento envolvido.

CH – O que é Poesia Marginal? Como este movimento (poesia marginal) se apresenta em Parnaíba?

MJ - A poesia marginal ou geração mimeografo para além de ser um exemplo da contracultura, surgiu em um período turbulento da História do Brasil: a ditadura militar. Um dos objetivos da Poesia Marginal era propor uma crítica aos conservadorismos da sociedade, incorporando à Literatura elementos e representações da violência diária nas grandes cidades. Já a maneira que a poesia marginal se apresenta em Parnaíba, na minha concepção, está em processo de evolução, pois para além de mim existem poucos poetas que usam da marginália em sua escrita, afinal: não são todos que tem coragem de verbalizar e trazer a tona de forma muito crítica e irônica, o que a maioria das pessoas oculta. Vamos convir: “a verdade dói”...

CH - Quais são suas principais influências na literatura?

MJ - Jorge Luis Borges, Edgar Allan Poe e Machado de Assis.

CH – Você admite que tem um entusiasmo por Nietzsche e embasa seus escritos neste pensador. Nos fale mais sobre sua relação com os pensamentos “nietzschiano”?

MJ - Com certeza, Friedrich Nietzsche, foi um dos maiores pensadores que já existiu, e sua Filosofia ajudou a potencializar meu modelo de pensamento, em virtude de sempre ao ler seus escritos, absorver os seguintes pensamentos: Nunca, jamais ser niilista, ou negar minha vida em troca de valores metafísicos, procurar com muita moral e ética sempre despertar o super- homem dentro de mim, procurar correr atrás de meus objetivos com muita vontade de potência, encarar o eterno retorno em minha vida não como uma forma de demasiada repetição, mas como esse momento pra mim realizar todos os meus sonhos, pois em verdade só tenho esse momento: “o agora”. Sempre ser seletivo em tudo na vida, principalmente em relação as pessoas, porque elas mentem e fazem isso muito bem, quanto mais me abster de “pseudos”, menos patologia irá se propagar em minha vida, e por fim: sempre valorizar meus momentos de subjetividade, porque embora grandes doses de solidão as vezes doam, você nunca irá se enganar, muito menos trair a si mesmo.

CH – Pretendes algum dia viver só de literatura?

MJ - Um dia pensei nessa possibilidade, mas vejo que nossa humanidade, hoje em dia valoriza muito mais aquilo que não potencializa conhecimento, do que ler um livro, e isso para um escritor que pretende viver de suas produções, é algo muito crítico. Outro ponto, cada escritor sabe o quão difícil é para efetuar o lançamento de sua obra, então por esses motivos e muitos outros, não pretendo viver de meus escritos, mas nem por isso deixarei de escrever, afinal: “a escrita é a semântica que me compõe”.

CH - Você escreve para vender ou para satisfazer seus desejos de autor?

MJ - Os dois, preciso propagar minhas ideias com a sociedade, mesmo que alguns não concorrem com elas, e em relação a venda: precisamos sobreviver!

CH - Como você organiza seu processo criativo: decide o que vai ser escrito e por onde começar e quais serão as fases?

MJ - Meu processo de escrita se dá, de forma muito subjetiva, eu analiso e absorvo os devires do dia a dia, e quando me indago em relação a tais acontecimentos, sofro um pouco com as dores da existência, tenho o título do texto que para mim é o mais difícil, e quando encontro essa referência, discorro sobre ele e tenho o poema.

CH – Você é um dos autores do Livro Versania. Fale um pouco sobre esse trabalho...

MJ - Sim, inclusive sou o único poeta marginal contido na obra. Ah, o que posso falar do Versania: ter a oportunidade de está inserido nessa obra junto com muitos colegas que emanam uma escrita muito boa, é uma sensação imensurável, até hoje quando recordo o dia do lançamento, sinto frio na barriga.

CH – Como você chegou ao O Piagui Culturalista?

MJ - Cheguei ao Jornal a convite do Professor Claucio Ciarlini, uma pessoa de grande coração e discernimento das coisas.

CH - Quais suas metas? Algum projeto literário em andamento?

MJ - Tenho um livro solo em andamento, mas a efetuação de seu lançamento em virtude de bens capitais, irá acontecer daqui a alguns anos somente...

CH- O que uma crítica literária significa para o seu trabalho?

MJ - Primeiramente uma maneira de evoluir e ver onde posso melhorar, depois: uma forma de ver o quanto as pessoas se incomodam com a intencionalidade de certas verdades...

CH - Brasileiros leem em média 4 livros por ano. O que um escritor pensa sobre isso?

MJ - Acho que está passível de melhora, afinal, quanto mais lemos, mais conhecimento absorvemos.

CH – Como você avalia o mercado editorial brasileiro atualmente?

MJ - Passível de melhora...

CH – Como você analisa a literatura parnaibana(atualidade e historicidade)?

MJ - Os escritores de Parnaíba são muito talentosos, mas assim como muitos outros talentos para além da escrita contidos aqui em nossa Cidade, falta mais incentivo, mas isso não é um problema que irá se resolver de um dia para o outro, e também não é um problema local, mas de nível nacional mesmo.













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