Olá, amigos e amigas chavalenses. Eu tinha pensado em fazer uma live, mas confesso que estou um pouco cansado e não gosto de fazer nada de "qualquer jeito". Também não posso negar que eu não tenho certeza se conseguiria dizer tudo que quero dizer em uma live. Então resolvi vir aqui falar por texto mesmo, vocês entendem, né?
Como já falei em outros momentos, no fim da apuração de 2016 eu senti um grande sentimento de impotência ao ver a lista dos representantes eleitos. Me senti um covarde por pensar diferente e não agir e dar a opção da população escolher alguém que pensasse como eu. Isso me levou a lançar minha candidatura esse ano: o medo de sentir esse sentimento de novo.
Fiz uma campanha da maneira que eu sempre sonhei: sem gastar 1 centavo com compra de votos, com propostas e muita informação. Dediquei esses 45 dias a tentar mudar a forma que o chavalense vê a política. Tentei provar que dava pra existir política sem politicagem. Fiz uma campanha pensando no jovem Welligton Magalhães aos 16 anos, totalmente esperançoso com o futuro, mas que não enxergava representatividade nos políticos que povoam nossas eleições. Fiz uma campanha chamada por muito de utopia. Mas eu não poderia fazer diferente, pois é dessa forma que eu vejo a política.
Nesse tempo, tive que abrir mãos de umas das coisas que mais gosto nessa vida: produzir conteúdo para o Chavalzada.
Esses 45 dias foram dias de extremos.
Por um lado eu fui atacado, desencorajado e ridicularizado por muitos. Me decepcionei com algumas pessoas que eu nem imaginava e confirmei a minha falta de admiração por outras que há tempos corroem a nossa política.
Por outro lado, recebi muito carinho das pessoas que eu já esperava e de outras que eu não fazia ideia que tinham admiração por mim. Isso foi o lado bom dessa eleição: saber que sou querido por muitos e que meu trabalho contribui para o bem.
Conduzi essa campanha na "cara e na coragem" em meio a muitas dificuldades, não vou negar que foi difícil, mas sempre permaneci tranquilo, pois ao contrário de muitos, "eu não tinha nada a perder". Recebi o resultado com tranquilidade e com o sentimento de dever cumprido, mas não vou negar que hoje me sinto triste e escrevo esse texto em meio a lagrimas.
Lagrimas por não poder realizar muitas ideias que povoaram meus pensamentos durante esses meses e que eu dividia com tanta alegria nas conversas com os meus próximos.
Respeito a democracia, mas acho que minha cidade não merece algumas coisas que acontecem com ela. Respeito a democracia, mas enquanto as necessidades básicas forem exploradas, não haverá disputa justa.
Por fim, reafirmo que acredito que os fins não justificam os meios. Por muitas vezes fui incentivado a usar das mesma armas que repudio para tentar chegar lá, procurar o caminho mais fácil, mas isso não faz parte de mim. Quem se elege com os mesmos hábitos da velha política jamais vai me representar.
Vou continuar com o meu trabalho no Chavalzada, com a mesma vontade e alegria de sempre, mas não sei se voltarei a me candidatar. Perceber na prática que o lado financeiro esmaga a consciência é desanimador. Antes eu acreditava que era falta de opção, hoje não tenho tanta certeza. É como eu já disse antes: muitos querem mudança, poucos querem mudar.
Eu agradeço do fundo do meu coração por agora saber que existem 254 pessoas que pensam como eu. Eu fiquei triste, mas não fiquei só. Me senti abraçado por 254 chavalenses que saíram de suas casa para depositar sua confiança em mim. Isso não tem dinheiro no mundo que pague. Já agradeci a muitos pessoalmente, mas queria agradecer todos. Se você votou em mim, me chame, quero te agradecer. Vocês fazem minha esperança de um dia ver as coisas mudarem permanecer viva.
Quero agradecer a minha família, a família de minha noiva Cristiane Veras e meus amigos próximos por terem sido minha pequena grande equipe. Você foram espetaculares!
Saio dessa eleição com a consciência em paz, com a certeza de que dei o meu melhor e que não desviei meu caminho.
Por fim, gostaria de encerrar essa carta com essa frase que representa muito do que eu sou:
Amar e mudar as coisas me interessa mais.
E eu vou continuar amando e tentando mudá-las para melhor!
Um grande abraço!
Francisco Welligton Alves Magalhães.
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