Foto: Reprodução |
Os padres Lino Allegri e Oliveira Braga Rodrigues, da Paróquia da Paz, em Fortaleza, tiveram a inclusão no Programa Estadual de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos (PPDDH/CE) solicitada nesta segunda-feira (19). Os religiosos têm sido vítimas de hostilização por grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Ambos foram vítimas de várias condutas ilícitas por parte de algumas pessoas que frequentam a igreja. Eles relataram os fatos e apresentaram demandas. O acolhimento foi realizado pelos profissionais do Núcleo e, na ocasião, foram apresentados os serviços prestados", diz nota do MPCE.
Segundo a Arquidiocese de Fortaleza, o padre Oliveira presidiu a missa das 8h do dia 11 de julho, da qual um homem foi expulso após hostilizar os sacerdotes. O caso aconteceu durante a leitura de notas em apoio ao padre Lino, agredido verbalmente no fim de semana anterior.
A solicitação de ingresso no programa foi formalizada à Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) após a reunião. O Diário do Nordeste solicitou detalhes sobre o processo à pasta e aguarda retorno.
HOSTILIZAÇÕES
O primeiro caso de ofensas contra o padre Lino, membro da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de Fortaleza, aconteceu ao fim da missa do dia 4 de julho.
Cerca de oito pessoas o hostilizaram depois de o sacerdote lamentar a morte de 500 mil mortos pela Covid-19 no Brasil, denunciando o descaso político em meio à tragédia nacional.
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Segundo Lino, as agressões contra ele e membros da igreja são constantes e ocorrem através das caixas de diálogo dos perfis da paróquia nas redes sociais, e, também, por meio do WhatsApp.
"Espero que isso possa ajudar nessa proteção diante das ameaças que nós [da Paróquia Nossa Senhora da Paz] estamos recebendo. Elas são concretas", disse o padre, no último sábado.
Após a divulgação dos casos de agressão, padre Lino passou a receber uma corrente de apoio de fiéis católicos, grupos e movimentos sociais e autoridades políticas por meio das redes sociais.
Fonte: Diário do Nordeste
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