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Artista piauiense de 11 anos com Síndrome de Down é convidado para participar de exposição no Museu do Louvre, em Paris


O pequeno João Elyo, de 11 anos, foi convidado para participar de uma exposição no Museu do Louvre, em Paris, uma das mais conceituados do mundo. A família do artista, que mora em
Esperantina, Norte do Piauí, começou uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar dinheiro e custear a viagem até a França.

As obras de João serão expostas na exposição “Le Carrousel do Louvre”, uma mostra internacional de arte contemporânea que acontecerá em três dias de abril de 2022. A exposição aconteceria em 2021, mas foi adiada por conta da pandemia de coronavírus.

A carreira de João Elyo começou bem cedo. Em 2019, aos 9 anos, João fez sua primeira exposição no Theatro 4 de Setembro, o maior do Piauí. Em 2020, o menino participou de uma exposição no Rio de Janeiro e de uma exposição online organizada por uma galeria da Califórnia, no Estados Unidos.

Segundo Elenilza Araújo, mãe de João Elyo, o menino é autodidata e ambidestro. As obras do artista estão disponíveis na internet.

“Eu ainda fico impressionada com o João. Pela forma como ele cria as coisas, fico boba. Ele é muito inteligente, ultrapassa minha compreensão. Ele cria muitas técnicas sozinho, e eu preciso ficar sempre em contato com especialistas para entender”, comentou Elenilza.



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Vaquinha online

Elenilza Araújo, mãe de João Elyo, contou que o orçamento para a viagem, entre passagens, documentos e estadia na França, ficou em cerca de R$ 50 mil. “Infelizmente, nosso dinheiro não acompanha. Eu sou professora e meu marido é auxiliar administrativo, não temos condições de custear”, disse.

Foi quando uma prima de João escreveu para o site Razões para Acreditar. A história do menino motivou o site a criar a vaquinha online, para arrecadar fundos para a viagem.

Expressionismo abstrato

O talento de João chamou a atenção da curadora Lisandra Miguel, diretora da empresa Vivemos Arte, há pouco mais de dois anos, e logo ele passou a fazer parte do seu catálogo de artistas. Além da qualidade da obra do menino, a curadora contou que ficou impressionada com o apoio dos pais ao talento do filho.

“Há um conjunto de fatores relacionados ao desenvolvimento de crianças especiais, e a princípio o que me chamou a atenção, depois de ter visto obras fantásticas produzidas por ele, foi o suporte familiar que o João Elyo possui. A sabedoria dos pais é admirável”, disse.

João Elyo tem Síndrome de Down, mas para a curadora, condição não determina o resultado de suas obras.

“Para mim o João Elyo é um artista igual aos outros. O sensacionalismo por ele ter T21 [o cromossomo adicional, característico da síndrome] não é o que faz dele um artista diferenciado e sim o simples fato de que ele é artista e sabe exatamente o que está fazendo e produz naturalmente, com satisfação”, disse Lisandra.

João pinta com o quadro no chão, enquanto espalha as cores pela tela. Ele usa pincéis, rolos e até borrifadores para espalhar a tinta acrílica sobre tela, e criar imagens com cores de forte contraste, que parecem iluminadas.

“O João iniciou ainda pequeno e o gosto por se expressar através da pintura sempre foi um diferencial na sua própria vida, ele é igual a todas as outras crianças, é a arte que o diferencia, por seu talento”, disse Lisandra.

Fonte: G1/PI

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