Conheça o poeta George da Silva, dos Buritizais ao Vulcão (literário)

George da Silva é o pseudônimo de George Luís da Silva. Nasceu em 1972 na cidade Buriti dos Lopes no Piauí, porém muito cedo teve que deixar sua terra natal. Vive, atualmente, em Parnaíba norte do Piauí. É poeta, cordelista, compositor, escritor e editor do Canal Vulcão Literário no youtube. Além disso é professor de língua portuguesa e especializado em metodologia da língua portuguesa. Sua terra natal sempre foi inspiração para o seu trabalho poético.

TERRA LINDA E FACEIRA

Sou da terra

que emana bairrismo, saudade e arte.

Enfeitiça-me com seus lindos olhos verdes.

São como buritizais em tempo de colheita.

Trago na pele a resistência encrespada de brio

dos plantadores de arroz.

A meiguice das garotas que passeiam

pela praça da Matriz

e esperam por amigos ou simplesmente por um paquera

com o qual possa dividir suas fantasias de Menina moça.

E tricotam delicadezas...

E sonham desfolharem a pétala do amor.

Minha terra vive em mim, na espera do reencontro,

nos meus dias fúnebres e festivos, no sabor da garapa e do doce de buriti.

Eu sou da terra

onde a cidade bordadeira lateja em mim,

com seus cachos de arroz,

com seus cachos no cabelo.

Minha terra é uma mulher linda e faceira.

George da Silva passou parte de sua vida produzindo arte literária no anonimato. Resolveu, então, dividir um pouco da sua arte com o público. Em 2017, publicou um resumo da sua história e da sua poesia na edição de fevereiro de 2017 do Jornal O Piagui versão impressa. Em 2018, publicou o livro de poesias Itinerário de Carne e Osso firmando, assim, sua caminhada poética. Temas de cunho metalinguístico,romântico, social, filosófico, artistico são abordados em sua cronologia poética.Participou da Coletânea Poemas Entre Gerações,uma obra organizada por Claucio Ciarlini e José Luiz de Carvalho. George da Silva é, ainda, colaborador no jornal O Piagui versão impressa e Online.

 

Em 2021, lança o cordel intitulado Geração O Piagui. Tal cordel faz um retrospecto daquele que é o maior, o democrático, gratuito, literário e cultural jornal de Parnaíba, quem sabe do Piauí e toda a sua leva de poetas, escritores e leitores.

 

Círculo Alimentar

Entre os pés e a cabeça

há um refeitório preparado.

Saboreio o toque de tuas ideias

entre relâmpagos vertiginosos famintos.

Venho da larva carnífera de tuas palavras

alicerçadas em ânsias maduras.

Sou lobo feroz

procurando a tangente ilógica da exclusão

e a hipotenusa

de tua real

                     CIR

                            CUN

                                      FERÊN

                                                      CIA.

 

 

EQUAÇÃO


Amanheci menos dividido

Ao te multiplicar em minha vida.

Encontrei a conta exata

dos nossos desentimentos.

Subtraí caprichos e ciúmes.

Elevei ao quadrado meus carinhos.

Pus entre parênteses nossas desavenças

Mais inexatas.

E somando os sentimentos

Que um sente pelo outro

Consegui descobrir a incógnita

Dos nossos problemas: amar e ser amado.



A QUEDA

A FAMA   A FAMA  O LUXO  O PÃO

O LUXO    O LUXO   O PÃO          A FOME

O LUXO       O PÃO         A FOME       A REALIDADE

 

POEMARES

Há mar de encantos

Em cantos de paz.

Há mar de vida

Em dívida jaz

Em ondas marcantes

Errantes

Divididas entre o raso e o profundo.

Há margaridas

Áridas em flor

Amarga vida sem cor.

Há mar de lutas

Em lutas no mar

Amar é uma disputa

Entre o riso e a dor

Ah! Mar que abraço

Vago alucinadamente

Em teus vastos rastros.

 

ESPERA

A espera preto e branco e o cais.

Tarde agônica,laços partidos partiram.

Ao longe o canto estilhaçado de um pássaro

é meu consolo.

Em cada navio que parte – me parto.

Em cada navio que chega – me farto

de sofrimento e de esperanças.

Longa espera

                Fera triturando os ossos dos meus dias.

Ex- espera

Aportando novamente em meu cais

com correntes enferrujadas de sonho

e de saudade.

 

Contato do Autor: 

george_dasilvapoeta (Instagram)

WhatsAPP (86) 981698093

Email: georgepoeta@hotmail.com

End: Rua Samuel Santos, 1580

Pindorama Parnaiba – PI.   

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