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Segundo MP-PI, Corpo de Bombeiros de Parnaíba não tem alvará de funcionamento do... Corpo de Bombeiros.


O Ministério Público do Piauí (MP-PI) constatou diversas irregularidades na sede do Corpo de Bombeiros do município de
Parnaíba, litoral do Piauí, durante uma vistoria realizada na semana passada. A unidade apresenta uma estrutura precária, baixo efetivo de profissionais e não possui sequer um alvará de funcionamento, que é emitido pelo próprio Corpo de Bombeiros.

Segundo Fabrícia Barbosa, promotora de Justiça responsável pela vistoria, há falta de equipamentos fundamentais para o resgate de vítimas de afogamento como, por exemplo, um veículo aquático.

“Averiguamos condições inadequadas de trabalho. A unidade não tem alvará de funcionamento do próprio Corpo de Bombeiros. Alojamentos inadequados, equipamentos de trabalho insuficientes e inexistentes. A unidade não dispõe de um veículo aquático para fazer resgates no mar”, afirmou.

O Corpo de Bombeiros de Parnaíba possui somente 36 militares que atuam, além de Parnaíba, em outras 33 cidades da região Norte do estado. Em todo o Piauí, são mais de 300 profissionais, número que corresponde a 10% do previsto em lei.

Em setembro de 2021, o Governo do Piauí anunciou a realização de um concurso público com 60 vagas. Contudo, conforme o MP, essa contratação não será suficiente, pois o efetivo do estado deveria ser, no mínimo, correspondente a 3% da população piauiense.

“É insuficiente para atender a demanda da população e garantir as prevenções e outras atribuições dos bombeiros”, explicou a promotora Fabrícia Barbosa.

O comando do Corpo de Bombeiros de Parnaíba reconhece os problemas existentes na unidade. “É o que temos à disposição e nós não podemos parar porque a população precisa de apoio”, declarou o major Christian Lima, comandante dos bombeiros no litoral.


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Reclamações antigas

Os problemas enfrentados pelo Corpo de Bombeiros de Parnaíba já haviam sido falados pela família do engenheiro civil Bruno Stanrley Carvalho Viana, de 26 anos, que morreu afogado no dia 16 de abril na praia de Maramar em Luís Correia, Litoral do Piauí.

A tia de Bruno criticou a inexistência de um posto de salva-vidas na praia e a demora de cerca de duas horas da chegada de uma equipe dos bombeiros.

"Lá não tinha socorro, também não tinha área de telefone. Foi muito difícil para a gente contatar eles. Eles demoraram muito para chegar, quase duas horas", afirmou Thasmylla Teles, tia do jovem.

Na época, o Corpo de Bombeiros alegou que realizou ações preventivas em locais de maior concentração de banhistas, mas que "a praia de Maramar, em Luís Correia, é de relevo suave e não tem histórico de acidentes, motivos pelos quais não foi colocada equipe de prevenção aquática". 

Fonte: G1/PI


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