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Escritor amapaense "Jailson Júnior" é o nosso novo colunista !

Olá queridos leitores. Tudo bem com vocês? Vamos apresentar nosso novo colunista: Jailson Santos Sousa Júnior, natural de Santana - AP. Estudante, cronista, poeta, escritor. Se diz amante da arte, contanto que possua uma finalidade em si mesma. Sem literatura, nada seria. Atualmente reside em Parnaíba - PI

Jailson Júnior abordará temas relativos a literatura, poesia... Uma abordagem dinâmica e livre sobre o universo poético-literário. 


SER POETA...

Ser poeta é, no alto grau fortuito da expressão, um trabalho que se traduz como eternizar um instante de hora já não visto e esquecido pela grande maioria. É celebrar a liberdade e ao mesmo tempo dar destino ao que de mais lodoso e deprimente surge em certos lampejos de insônia. Se existe um grande poeta descrito na embalagem, o conteúdo dificilmente se entenderá com a facilidade de um mundo funesto e líquido, um pouco demais para poucos segundos de tentativa.

Certa vez, ao cruzar a avenida próximo a minha casa, uma moça passou por mim e lançou da cavidade de sua alma um sorriso sincero e emoldurado em duas belas covinhas ovuladas. Nunca mais a vi, mas ela e seu sorriso viraram um verso naquela madrugada regada a silêncio e café. Bastou um único vislumbre, deitei as palavras serenas no papel e a gravei com o elixir da imortalidade, talvez pensando em como ela talvez tivesse gostado de saber que virara poesia. Isso é ser poeta. Há coisas que só acontecem à nossa frente, para nós, o espetáculo, só esperando que entremos em ação, com a qualidade inexata da licença poética, sem mais.

Todo artista, ao criar sua obra, cria-a primeiro para si, depois para os outros. Para o poeta é igual, ou quase. Ao fim do derradeiro verso, as palavras, simétricas e sonoras, denotando o que tentamos dizer, fazem-se guturais, como um eco vindo da caverna indizível das inspirações. Pego um pouquinho do amor de um, do desterro do outro, da indiferença de muitos e tempero com um leve sal de espectador de janela de ônibus, na procissão diária dos que andam a esmo em desamor.

A poesia é um purificador de lama, transformando-a em "água" potável aos ouvidos. Se a confusão de sentimentos não puder ser literalmente verbalizada, por vontade própria ou por ineficiência do idioma, a poesia é a maquiagem, não um disfarce, que a esconda e a deixe falsa, mas uma forma de dar cor a uma dor inflamada e que seja capaz de encantar alguém por um pouco. O verso é uma pepita camuflada que se encontra nas minas ambulantes do dia a dia, seja no rastro do pardal, no vento que bagunça as folhas caídas no quintal ou suplantado no sorriso taciturno da menina com a flor no cabelo que atravessou a rua junto com o poeta.

Desculpe, preciso falar sobre a poesia.

Jailson Júnior





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