
O professor Daniel Cassiano Lima, da Faculdade de Educação de  Itapipoca (Facedi), da Universidade Estadual do Ceará (Uece), elegeu  como tema de sua tese de doutorado o sapinho “maranguapense”  (Adelophryne maranguapensis), que tem apenas  dois centímetros de  comprimento e só foi descoberto em 1994. A pesquisa faz parte  do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal da Universidade  Federal de Santa Maria (UFSM-RS) e foi orientada pela professora Sonia  Zanini Cechin. Diferente da maioria dos anfíbios, cujos girinos se desenvolvem na  água, o sapinho de Maranguape tem uma forma de nascimento direto. Os  ovos das fêmeas são depositados nas axilas de folhas de bromélias e não  passam pela fase de larvas. De acordo com o professor Daniel Lima, essa forma de reprodução é  comum em animais pequenos de ambientes florestais que concentram muita  umidade no ar, como a Serra de Maranguape. O sapinho Adelophryne maranguapensis está na Lista Nacional de  Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. Atualmente, existem outras  cinco espécies do mesmo gênero, sendo uma das serras de Baturité e da  Ibiapaba.  Até o momento a ciência apenas sabia da existência desses  animais, porém levantava várias hipóteses sobre a biologia das espécies  desse gênero. O resultado do trabalho do professor Daniel Lima foi recentemente publicado no 
North-Western Journal of Zoology e pode ser acessado no endereço 
http://herp-or.uv.ro/nwjz/content/v7n1/nwjz.111109.Lima.pdf. 
 
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