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Falando de Marketing - O Marketing do Circo. - E a mágica gestão da reinvenção do picadeiro.


As lições de um circo. Uma empreitada empresarial formada pelo exaustão do talento, o reconhecimento pleno dos valores humanos, a exaltação do equilíbrio do trabalho em equipe, a paixão visionária, a pesquisa, o mapeamento de capacidades mercadológicas temperadas com um toque de magia, cor, luz, sedução e um faturamento milionário como resultado. Essa é a grande questão de uma indústria que o tempo destinou ao fracasso, mas a paixão de um grupo e seu valoroso poder criativo re-escreveu a história para ensinar muitos gestores o que na verdade significa inovação.

Beie-Saint-Paul, cidade da costa norte do rio São Lourenço, Quebec. Um grupo de malabaristas e suas pernas-de-pau, dançavam, cuspiam fogo e tocavam músicas. Grupo que Guy Laliberté era um dos artistas circenses na época e se tornou fundador da industria do sol. A ideia nasce no começo da década de 80, na 450º aniversário da descoberta do Canadá. Guy organizou uma turnê apresentando vários espetáculos espalhados pela província alusivos a data, deu-se início ao fenômeno do picadeiro. 

(Fonte: http://www.cirquedusoleil.com/pt/home.aspx#/pt/home/about/details/history.aspx) 

O que faz na verdade o encantamento espetacular do Cirque du Soleil é a substituição dos elementos tradicionais do circo pela criatividade do conto. No lugar de elevantes o teatro, no lugar de tigres selvagens e domadores corajosos a música, no lugar de leões famintos e os mais diversos procedimentos de logística a paixão pelo lúdico e o rompimento da lógica pela imaginação poética equilibrando corpo, tempo, espaço e o poder de proporcionando uma nova realidade. 

Guarda-roupa original, maquiagem e adereços tecnologicamente trabalhados, som, luz, imagem, ginastas, artistas e uma grande equipe de profissionais disciplinados e focados na única e maravilhosa missão de surpreender. 

O que acontece de fato é que o Cirque Du soleil redirecionou a forma de como a indústria circense se constituía. Aboliu os diálogos da fala pela linguagem do corpo, contando suas histórias pela escrita do balé, pela fantasia do teatro e pela poética maneira de se valer da tecnologia para recriar a vida. 

O que antes era uma coisa unicamente de criança, a produção do Cirque du Soleil foca sua produção textual na paixão pelo imaginário que existe na eterna criança que habita em cada adulto. 

O grande diferencial em questão é a busca constante por profissionais inteligente e especiais, pessoas que caçam a excelência em suas performances artísticas, visionários que trazem em seus trabalhos a incrível capacidade de produzir o novo em escala e serem ficcionados pela qualidade extrema. 

O sucesso do Cirque du Soleil foi estruturado na criatividade e no espírito inovador. Porém, as lições que essa casa nos deixa é de que risco é um elemento que temos de correr todo os dias, que temos que olhar sempre para o lado de fora da nossa zona de conforto, de termos como meta o fazer diferente, trazermos a disciplina como irmã e estarmos preparados para sempre experimentarmos o novo, sermos ousados em tudo o que fazemos, olharmos para além do óbvio e construirmos um clima organizacional propício à inovação. 
Por Fábio Mesquita Torres, Grão Novo.