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Poesia de Quinta | Irene no Céu

A edição da série "Poesia de Quinta" apresenta o poema "Irene no Céu" de Manoel Carneiro de Souza Bandeira Filho, ou simplesmente Manoel Bandeira(1886-1968), poeta e ensaísta brasileiro que nasceu em Recife, Pernambuco.

A obra é formado de 7 versos irregulares e possui duas estrofes.
“Irene no céu”, é uma crônica já que se caracteriza pelo tom humorístico ou crítico, que aborda um tema do passado (discriminação racial) bastante culminante na época. Só para se ter uma ideia, a discriminação de raças nesta época era tão grande que era possível presenciar frases do tipo:  "Alugam-se quartos. Não se admitem pessoas de cor".

O tratamento de inferioridade dispensado a uma pessoa ou grupo de pessoas por motivos raciais, religioso, político, entre outros na época era constante. O pobre, o negro, o necessitado, parecia que não tinha lugar privilegiado nas classes sociais , imagine no céu.  

A dialética aplicada pelo autor é simplesmente, a meu ver, um grito de justiça e de lição a favor dos pobres e necessitados. No jogo de palavras do texto, encontramos implícitas ou explicitas as oposições da vida: Preto e o branco, o rico e o pobre, o céu e o inferno, o mal e o bom e o conhecido e o desconhecido.  A personagem “Irene” é uma tipologia do tipo de pessoa da comunidade pobre:

O texto elucida uma verdadeira lição de moral : “ Irene” era pobre e preta, mas tinha valores que em muitos ricos e brancos não se encontravam: era boa e bem humorada, era do bem, e por ser tão intima foi bem recebida por São Pedro. Ganhou passagem ao céu.

Irene no Céu

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.



Análise de Charles Quirino

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