Bom dia leitores. Hoje em nossa "Poesia de Quinta" é a vez do mestre Carlos Drummond de Andrade com o poema "Quadrilha".
O desencontro amoroso. Poema-piada, em versos livres, tipicamente
modernista e drummondiano: carregado de anti-lirismo, de ironia seca e
amarga, sobre os desconcertos do amor, sobre a cadeia de desencontros e a
permanente falta de correspondência das relações amorosas, mas com
humor, que se acentua na figura de Lili, a que não amava e que se
casa... Como se o casamento nada tivesse a ver com as histórias de amor.
Sem mais comentários... Vamos ao poema:
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
(Carlos Drummond de Andrade) (Poema publicado em Antologia Poética – 12a edição – Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, p. 136)
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