Eles também precisam de transfusão de sangue. Veterinários pioneiros tentam convencer seus donos a tornar os bichos doadores regulares
Primeiro hemocentro veterinário privado do Brasil, o Hemopet abriu as portas em 1999. Antes dele, algumas universidades mantinham bancos de sangue animal, mas o estoque era consumido nos próprios hospitais universitários. A veterinária Rebeca Menelau, fundadora do Hemopet, observou uma oportunidade de expandir o serviço para o setor privado depois que vários cães do Recife foram diagnosticados com uma doença transmitida por carrapatos que, em alguns casos, exige transfusão sanguínea, a erlichiose.
Transfusões sanguíneas fazem parte do tratamento de diversos problemas, como insuficiência renal, doença do carrapato e verminoses. O cão Toddy, de 9 anos, chegou ao Hemovet, um hemocentro paulistano, com anemia grave, causada por uma hemorragia. Precisou de três transfusões de sangue até melhorar. “A hemorragia foi controlada e a anemia está discreta”,
diz Simone Gonçalves, fundadora do Hemovet e outra veterinária pioneira no segmento. Cada transfusão custa ao menos R$ 300, e cada bolsa de derivados de sangue consumida ao
menos R$ 100.
Lidar com o sangue de gatos é simples para veterinários. Os gatos têm três tipos sanguíneos (A, B e AB) e só podem receber sangue compatível com o seu. Sangue canino é outra história. Há cerca de 13 tipos de sangue canino catalogados até o momento. Numa primeira transfusão, cães podem receber sangue de qualquer doador saudável. A chance de ocorrer uma reação é baixa. A partir da segunda transfusão, o cão só pode receber sangue compatível com o seu. Trata-se de mais um grau de sofisticação, num mercado que atende cerca de 30 milhões de cães e movimenta R$ 15 bilhões, pelos cálculos da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Informações da Época
Siga o nosso perfil no Twitter www.twitter.com/chavalzada
Deixe sua opinião nos comentários, nós agradecemos!
0 Comentários
Deixe sua opinião nos comentários, nós agradecemos! As opiniões contidas nos comentários são de responsabilidade dos autores dos mesmos.