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Terminei o ensino médio, e agora? | Por Pâm Bressan

Eu me lembro que chegar aos 18 anos foi algo tão rápido e ao mesmo tempo tão doloroso. Sempre levei a sério aquele negócio: terminar o ensino médio + realizar uma faculdade = sucesso profissional. Mas quando você se dá conta, você cresceu, virou um adulto, tem vários caminhos profissionais à sua frente e de repente você é obrigado a escolher um deles!

E sim, eu me sentia perdida, desmotivada, insegura, e muitas vezes queria voltar para meus 12 anos. Lá era mais confortante, eu só queria ver televisão, brincar que era uma adulta responsável (sim, eu brinquei de casinha até tarde – não a casinha tradicional – mãe, pai e filhinha, e sim, uma casinha diferente, eu era sempre “alguém importante”, com uma médica, uma professora, uma empresária, nas minhas brincadeiras – risos). Bom, não dava para fugir, tinha que encarar o gigante chamado “mercado de trabalho”.

Então como todo jovem, no final do ensino médio a gente não se conhece o suficiente para escolher uma profissão sadia. E eu, como qualquer um desses jovens, pensava: “ e agora? o que eu vou ser quando crescer? ainda não sei!”. Era tão difícil acordar de manhã e não saber para qual caminho seguir.

Eu tive a formação tradicional padrão brasileira. Ou seja, cursei o ensino médio numa escola estadual, confesso que amava meus professores, a maioria deles eram ótimos! Porém, não tive aulas de autoconhecimento nem aprendi a controlar e dominar minhas emoções, não sabia que poderia abrir um negócio e não somente ser funcionária, não aprendi a desenvolver uma mentalidade empreendedora e nem sabia me comunicar em público. Enfim, não me conhecia e não sabia o que gostava de fazer no dia a dia, até por que o que eu gostava era o que fazia nas tarefas: fórmula de Bhaskara, de química, de matemática, regrinhas de português, história medieval, história da arte etc., etc., etc.

Era muito pouco. Muito pouco para se decidir encarar isso para um bom tempo da minha vida (nessa época eu ainda pensava que tinha que me formar e seguir aquela profissão até os finais de meus dias). Para realizar muitas provas eu decorava textos gigantes, era assim que o professor considerava a resposta certa: se tivesse igual a do livro. Confesso que durante a minha fase escolar eu fui pouco estimulada a formular uma opinião própria sobre diversos assuntos e expor esses pensamentos, a ter uma visão crítica, a debater sobre política, enfim, a construir o meu EU, a minha visão, a minha opinião.

Confesso que quando chegou a hora de escolher uma faculdade, eu me sentia muito confusa. Qual foi o meu primeiro passo? Pesquisar os cursos que as universidades locais tinham.

O que levei em consideração? (não façam o mesmo, por favor!!!!): apenas 2 fatores: gostava de números/matemática e tinha que ser uma faculdade muito barata (por que as condições financeiras eram precárias).

Resumindo optei por Contabilidade. E claro, não quero menosprezar a profissão, mas para meu perfil (que somente descobri quando já estava no primeiro semestre da faculdade), não era aquilo que eu queria.

Antes de chegar até aqui, eu havia feito um ano de Técnico em Computação, porque na época diziam que seria a profissão do futuro, acreditem, fiz um ano, me “matei” na matéria algorítimo, mas passei, porém não continuei.

Resultado: não havia me encontrado ainda. E por quê? Por que não sabia quem eu era de verdade. Meu EU ainda não estava construído. Ou seja, ainda no ensino médio somos muito novos para escolher uma profissão, estamos em processo de formação, e essa pressão da sociedade nos fazer entrar em uma área que futuramente não gostaremos de trabalhar todos os dias, no que resultará em stress e depressão.

Afinal, temos os pais, os professores, os colegas, todo o senso comum dizendo e apontando para você: “Hey você, você mesmo, jovem que saiu do ensino médio da escola pública e privada, vai fazer o que agora? Tem que fazer faculdade para ser alguém na vida. já escolheu o curso? Já sabe o que vai fazer? Não demora não viu, esse mercado atropela quem fica para trás.” e assim segue a humanidade, digo, o senso comum com este senso de “empregabilidade”, pois bem, este é assunto para outro artigo (quem sabe!).

Então, durante a minha faculdade tive a oportunidade de me conhecer num laboratório chamado Universitários Acima da Média. Ali descobri minha paixão pela comunicação: escrever artigos, fazer vídeos, ter um blog, ser entrevistada em rádios e televisão, gerenciar pessoas, e aprendi a gostar de administração, a realizar processos, a entender de negócios etc., e fico imaginando se eu tivesse sabido disso tudo antes, com certeza minhas opções na hora do vestibular seriam outras: Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Marketing, Comunicação Social, Administração.

E agora?

Deixo meu conselho: se conheça MUITO antes de realizar o vestibular, de escolher gastar o dinheiro do seu pai, de gastar seu tempo em torno de quatro ou mais anos numa cadeira da universidade/faculdade/tecnólogo, faça testes de autoconhecimento, saiba suas habilidades e seus pontos a melhorar, isso te ajudará a tomar uma escolha humanizada e consciente.

É muito fácil pensar no hoje e não visualizar o futuro, é muito fácil fazer uma escolha errada, sim, muito fácil. Se levarmos em consideração fatores errados, ou melhor, pouquíssimos fatores, as escolhas tendem a ser as piores. Não deixe que seus pais façam você acreditar que ser isso ou aquilo será melhor, ou por que dará dinheiro e te tornará rico mais rápido, ou por que eles projetam o sonho não realizado em você.

Digo e repito: quem sou eu?

Faça essas perguntinhas e comece a questionar mais. Não siga a boiada, faça diferente, seja a exceção!

Excelente semana!

Postado originalmente no Startupi, link

Escrito por Pâm Bressan
Pâm Bressan é CEO do Universitários Acima da Média, Idealizadora do Programa “Papo Acima da Média” e do Congresso Online UAM WEEK, Líder do Comitê Local da Rede Global do Empreendedorismo, em Tubarão/SC; Colunista do Nossa Causa e Empreendedorismo Rosa, Diretora de Capacitação da AJET, Diretora do Geração Empreendedora do CEJESC, ganhou o Prêmio Empreendedor 2015 pelas mãos do Fundador da Embraer, Doutor Ozires Silva.







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